Segunda viagem do presidente ao continente durante seu mandato terá Egito e Etiópia como destinos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca na noite desta terça-feira para sua primeira viagem internacional do ano. O roteiro inclui compromissos no Egito, entre os dias 14 e 15 de fevereiro, e Etiópia, entre 16 e 18. Durante a viagem, Lula deve se reunir com secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Também está prevista reunião com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.

No Egito, Lula terá reunião com o presidente Abdel Fattah al-Sisi. O país foi um ator importante na retirada de brasileiros e seus familiares da Faixa de Gaza e ocupa um papel importante negociação de um acordo entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas.

Como mostrou O GLOBO, Lula deve se colocar a disposição para ajudar solucionar a crise que começou em outubro de 2023 com o ataque do Hamas a Israel.

O presidente também deve visitar as pirâmides e o Grande Museu do Egito, como fez há 20 anos, quando esteve pela primeira vez no país em seu primeiro mandato.

Na capital etíope, Adis Abeba, Lula vai participar como convidado da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, entidade que reúne as 55 nações da África.

Frente contra a fome

No encontro, Lula vai defender uma frente mundial contra a fome, prevista na agenda que tem sido levada pelo Brasil nos fóruns internacionais. Com 54 países da região, a União Africana tornou-se membro permanente do G20 em 2023, com a ajuda do Brasil.

Em Adis Abeba, Lula também deve ter reuniões bilaterais que ainda estão sendo agendadas. Há possibilidade do presidente se reunir com líderes da Nigéria, Quênia e Moçambique.

Etiópia e Egito também integram Brics (bloco inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que também recebeu a adesão de Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes). É a segunda vez neste mandato que Lula vai ao cantonense africano. No ano passado, o presidente foi a África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

Interlocutores do governo afirmam que Lula busca o fortalecimento das relações com os africanos para que o Brasil volte a ocupar espaço que hoje está loteado entre China, Rússia, Estados Unidos, Turquia, França e outros países europeus.


Fonte: O GLOBO