Durante ato neste domingo, ex-presidente pediu anistia para envolvidos com os ataques golpistas; provas incluem vídeos gravados pelos manifestantes, geolocalização de celulares e material genético
Entre as provas listadas contra os réus, estão os vídeos gravados por eles próprios, com declarações como "tomamos todos os Poderes", "tudo invadido" e "nós vencemos". Também foram utilizados a geolocalização de seus celulares e material genético.
As penas ainda serão definidas, mas devem ficar entre 11 anos e meio e 16 anos e meio, seis meses a menos do que o proposto pelo relator, Alexandre de Moraes. Todos os 15 réus foram condenados por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada. Treze deles também foram considerados culpados por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Confira a seguir o que pesa contra os réus e o que dizem suas defesas.
Ana Cláudia Rodrigues de Assunção
Provável pena: 16 anos e meio
Gravou vídeo de dentro do Senado afirmando "nós vencemos", "a vitória é nossa" e "a nossa bandeira jamais será vermelha". De acordo com o voto de Moraes, ainda reproduziu "falas do grupo invasor do qual era integrante, no sentido de que iriam destituir todos os ministros do STF". A defesa afirmou que ela "passou a maior parte do tempo orando e observando o que estava acontecendo ali".
Edson Carlos Campanha
Provável pena: 16 anos e meio
De dentro do Congresso, gravou vídeo dizendo que "o povo invadiu, o povo fez sua parte" e que passou "mais de 60 dias indo às manifestações, cobrando resultados". A defesa afirmou que só foram apresentadas "acusações superficiais genéricas".
Ivair Tiago de Almeida
Provável pena: 16 anos e meio
Em vídeo gravado por ele, é possível ouvir uma voz masculina afirmando, na chegada da Praça dos Três Poderes, que eles estavam indo "tomar o poder desses corruptos". Em outro momento, alguém diz que "o STF acabou de acabar" e "tomamos todos os Poderes". A defesa afirmou que "não foi cogitada pelo sr. Ivair em nenhum momento abolição ou golpe de Estado".
Janailson Alves da Silva
Provável pena: 11 anos e meio
Foi preso no início do ato, antes da chegada à Praça dos Três Poderes, após outros manifestantes relatarem à polícia que ele havia dito que iria "quebrar tudo". A defesa afirmou que ele "em momento algum queria a abolição do Estado Democrático de Direito ou golpe de Estado".
João de Oliveira Antunes Neto
Provável pena: 11 anos e meio
Ao ser preso, declarou que "pretendia ir ao STF e entrar no local". A defesa afirmou que não houve "descrição da violência ou grave ameaça que ele teria praticado".
Joel Borges Corrêa
Provável pena: 13 anos e meio
Fez vídeo em que uma voz masculina afirma "vamos invadir tudo" e "a vitória é nossa". A defesa afirmou que não há "nenhuma filmagem ou imagem do acusado depredando bem público".
Jucilene Costa do Nascimento
Provável pena: 13 anos e meio
Gravou vídeo dizendo "tomamos os Três Poderes", "luta não foi em vão", "quem achou que estávamos brincando mais de 70 dias, se enganou" e "tem que trazer todo o acampamento para aqui até resolver". A defesa afirmou que ela queria "se manifestar de forma pacífica e ordeira em prol da democracia".
Marcos Roberto Barreto
Provável pena: 13 anos e meio
Gravou vídeo no Quartel-General do Exército afirmando que "essa é a última cartada, se não der certo, o comunismo vai acabar com a nossa família, com nosso Brasil". A defesa afirmou que ele foi ao ato apenas para "demostrar ao governo eleito que o povo estaria atento aos atos de gestão".
Maria Carlos Apelfeller
Provável pena: 13 anos e meio
Moraes afirmou que "fica claro o envolvimento da ré com a dinâmica do movimento" devido a um áudio encontrado em seu celular no qual uma pessoa diz que "nós vamos ter que invadir o Congresso, invadir o STF e invadir o que for preciso e aonde tiver ladrão e bandido, tomar tudo e só sair de lá quando eles não estiverem mais lá". A defesa alegou que ela "jamais objetivou depor o governo".
Nilvana Monteiro Furlanetti Ferreira Neto
Provável pena: 13 anos e meio
Moraes afirmou que ela "mantinha em seu aparelho celular mídias que referiam à possibilidade de violência no ato previsto para o dia 8/1, podendo-se concluir que ela mesma já antecipava a possibilidade de embate com forças de segurança". A defesa afirmou que ela em nenhum momento pediu intervenção militar ou queda do presidente.
Patrícia dos Santos Salles Pereira
Provável pena: 16 anos e meio
Gravou vídeo dentro do Senado afirmando "nós estamos aqui tomando o que é nosso" e que "o nosso país não vai ser comunista". A defesa alegou que ela foi "apenas para se manifestar de forma pacífica em prol da democracia".
Simone Aparecida Tosato Dias
Provável pena: 13 anos
Gravou vídeo de dentro do Planalto e mostrando confronto com a polícia. Para Moraes, "não merece credibilidade a versão apresentada em juízo de que apenas tomou conhecimento do confronto tarde demais, sendo impossibilitada de deixar o local". A defesa afirmou que ela foi ao local "para se manifestar de forma pacífica em prol da democracia".
Valmirando Rodrigues Pereira
Provável pena: 13 anos e meio
Ao ser preso, afirmou que "queria que as Forças Armadas decretassem a GLO e assumissem o poder", de acordo com o resumo do seu interrogatório. A defesa afirmou que não há "qualquer prova nos autos" contra ele.
Viviane de Jesus Camara
Provável pena: 13 anos e meio
Fez vídeo dentro do Planalto dizendo que estava "tudo invadido, meu povo, tá aí o resultado de quase 70 dias nas ruas, olha aí que coisa linda". Também relatou que passou 60 dias no Comando Militar do Leste (CML) e disse que "bandido nenhum vai governar o nosso país". A defesa afirmou que ela "esperava por uma manifestação pacífica em Brasília".
Viviane dos Santos
Provável pena: 13 anos e meio
De acordo com Moraes, ficou comprovado que ela "integrava grupo que buscava, em claro atentado à Democracia e ao Estado de Direito, a realização de um golpe de Estado". A defesa alegou que ela foi ao local "apenas com o intuito de se manifestar pacificamente".
Fonte: O GLOBO
As penas ainda serão definidas, mas devem ficar entre 11 anos e meio e 16 anos e meio, seis meses a menos do que o proposto pelo relator, Alexandre de Moraes. Todos os 15 réus foram condenados por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada. Treze deles também foram considerados culpados por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Confira a seguir o que pesa contra os réus e o que dizem suas defesas.
Ana Cláudia Rodrigues de Assunção
Provável pena: 16 anos e meio
Gravou vídeo de dentro do Senado afirmando "nós vencemos", "a vitória é nossa" e "a nossa bandeira jamais será vermelha". De acordo com o voto de Moraes, ainda reproduziu "falas do grupo invasor do qual era integrante, no sentido de que iriam destituir todos os ministros do STF". A defesa afirmou que ela "passou a maior parte do tempo orando e observando o que estava acontecendo ali".
Edson Carlos Campanha
Provável pena: 16 anos e meio
De dentro do Congresso, gravou vídeo dizendo que "o povo invadiu, o povo fez sua parte" e que passou "mais de 60 dias indo às manifestações, cobrando resultados". A defesa afirmou que só foram apresentadas "acusações superficiais genéricas".
Ivair Tiago de Almeida
Provável pena: 16 anos e meio
Em vídeo gravado por ele, é possível ouvir uma voz masculina afirmando, na chegada da Praça dos Três Poderes, que eles estavam indo "tomar o poder desses corruptos". Em outro momento, alguém diz que "o STF acabou de acabar" e "tomamos todos os Poderes". A defesa afirmou que "não foi cogitada pelo sr. Ivair em nenhum momento abolição ou golpe de Estado".
Janailson Alves da Silva
Provável pena: 11 anos e meio
Foi preso no início do ato, antes da chegada à Praça dos Três Poderes, após outros manifestantes relatarem à polícia que ele havia dito que iria "quebrar tudo". A defesa afirmou que ele "em momento algum queria a abolição do Estado Democrático de Direito ou golpe de Estado".
João de Oliveira Antunes Neto
Provável pena: 11 anos e meio
Ao ser preso, declarou que "pretendia ir ao STF e entrar no local". A defesa afirmou que não houve "descrição da violência ou grave ameaça que ele teria praticado".
Joel Borges Corrêa
Provável pena: 13 anos e meio
Fez vídeo em que uma voz masculina afirma "vamos invadir tudo" e "a vitória é nossa". A defesa afirmou que não há "nenhuma filmagem ou imagem do acusado depredando bem público".
Jucilene Costa do Nascimento
Provável pena: 13 anos e meio
Gravou vídeo dizendo "tomamos os Três Poderes", "luta não foi em vão", "quem achou que estávamos brincando mais de 70 dias, se enganou" e "tem que trazer todo o acampamento para aqui até resolver". A defesa afirmou que ela queria "se manifestar de forma pacífica e ordeira em prol da democracia".
Marcos Roberto Barreto
Provável pena: 13 anos e meio
Gravou vídeo no Quartel-General do Exército afirmando que "essa é a última cartada, se não der certo, o comunismo vai acabar com a nossa família, com nosso Brasil". A defesa afirmou que ele foi ao ato apenas para "demostrar ao governo eleito que o povo estaria atento aos atos de gestão".
Maria Carlos Apelfeller
Provável pena: 13 anos e meio
Moraes afirmou que "fica claro o envolvimento da ré com a dinâmica do movimento" devido a um áudio encontrado em seu celular no qual uma pessoa diz que "nós vamos ter que invadir o Congresso, invadir o STF e invadir o que for preciso e aonde tiver ladrão e bandido, tomar tudo e só sair de lá quando eles não estiverem mais lá". A defesa alegou que ela "jamais objetivou depor o governo".
Nilvana Monteiro Furlanetti Ferreira Neto
Provável pena: 13 anos e meio
Moraes afirmou que ela "mantinha em seu aparelho celular mídias que referiam à possibilidade de violência no ato previsto para o dia 8/1, podendo-se concluir que ela mesma já antecipava a possibilidade de embate com forças de segurança". A defesa afirmou que ela em nenhum momento pediu intervenção militar ou queda do presidente.
Patrícia dos Santos Salles Pereira
Provável pena: 16 anos e meio
Gravou vídeo dentro do Senado afirmando "nós estamos aqui tomando o que é nosso" e que "o nosso país não vai ser comunista". A defesa alegou que ela foi "apenas para se manifestar de forma pacífica em prol da democracia".
Simone Aparecida Tosato Dias
Provável pena: 13 anos
Gravou vídeo de dentro do Planalto e mostrando confronto com a polícia. Para Moraes, "não merece credibilidade a versão apresentada em juízo de que apenas tomou conhecimento do confronto tarde demais, sendo impossibilitada de deixar o local". A defesa afirmou que ela foi ao local "para se manifestar de forma pacífica em prol da democracia".
Valmirando Rodrigues Pereira
Provável pena: 13 anos e meio
Ao ser preso, afirmou que "queria que as Forças Armadas decretassem a GLO e assumissem o poder", de acordo com o resumo do seu interrogatório. A defesa afirmou que não há "qualquer prova nos autos" contra ele.
Viviane de Jesus Camara
Provável pena: 13 anos e meio
Fez vídeo dentro do Planalto dizendo que estava "tudo invadido, meu povo, tá aí o resultado de quase 70 dias nas ruas, olha aí que coisa linda". Também relatou que passou 60 dias no Comando Militar do Leste (CML) e disse que "bandido nenhum vai governar o nosso país". A defesa afirmou que ela "esperava por uma manifestação pacífica em Brasília".
Viviane dos Santos
Provável pena: 13 anos e meio
De acordo com Moraes, ficou comprovado que ela "integrava grupo que buscava, em claro atentado à Democracia e ao Estado de Direito, a realização de um golpe de Estado". A defesa alegou que ela foi ao local "apenas com o intuito de se manifestar pacificamente".
Fonte: O GLOBO
0 Comentários