O economista Affonso Celso Pastore morreu nesta quarta-feira, em São Paulo, aos 84 anos

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, comentou nesta quarta-feria a morte do economista Affonso Celso Pastore, que presidiu a instituição nos anos 80.

O economista, com 84 anos, havia sido internado para uma cirurgia no sábado, passou o fim de semana na UTI, mas não resistiu. O enterro será no Cemitério do Morumbi, das 13h às 17h.

— Ele sempre foi um apaixonado pelo Banco Central, pelas causas do Banco Central. Defendeu a autonomia e defendeu todos os nossos projetos, a nossa agenda. Então eu acho que é uma enorme perda — disse, em rápida conversa com jornalistas.

Desde 2021 o BC encontra amparo legal para que os diretores e o seu chefe atuem sem interferência política nas decisões operacionais, incluindo o direcionamento da Selic. Por outro lado, a autarquia depende administrativa e financeiramente do Executivo.

Pastore foi presidente do Banco Central entre 1983 e 1985, durante o governo do ex-presidente João Figueiredo, o último da ditadura militar.

O economista participou das negociações da dívida externa com o FMI e, mais recentemente, foi conselheiro do então candidato à presidência Sérgio Moro.


Fonte: O GLOBO