Kelli Cristine de Oliveira Mafort é a nova secretária executiva da Secretaria-Geral da Presidência; pasta é comandada pelo ministro Márcio Macêdo

A ex-coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Kelli Cristine de Oliveira Mafort ganhou uma promoção no governo Lula (PT). A ex-militante do movimento social foi promovida nesta terça-feira a secretária-executiva da Secretária-Geral da Presidência — pasta comandada pelo ministro Márcio Macêdo (PT).

Em 2016, a líder do MST liderou a invasão a fazenda de João Baptista Lima Filho, sócio da Argeplan e amigo do então vice-presidente Michel Temer, no interior de São Paulo. Ao GLOBO, à época, ela afirmou que a ocupação ocorreu de forma pacífica e que o grupo permaneceria no terreno por tempo indeterminado.

A indicação foi formalizada em publicação no Diário Oficial da União. Em suas redes sociais, Kelli Mafort agradeceu o convite e a confiança. " Agradeço aos movimentos sociais, populares, urbanos, do campo, indígenas e quilombolas, aos movimentos sindicais e organizações da sociedade civil pelo permanente compartilhar", escreveu na publicação.

Nomeação de Kelli Mafort no DOU — Foto: Reprodução

Antes de ser nomeada para a função mais importante abaixo de Márcio Macêdo, Kelli Mafort já ocupava um cargo de confiança na pasta. Desde o início do mandato de Lula, a ex-coordenador do MST chefiava a Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas, acoplada à estrutura da Secretaria-Geral da Presidência. Além de militante, ela é doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e graduada em Pedagogia.

A mudança de cargo ocorre após Maria Fernanda Coelho ter pedido demissão da Secretaria-Executiva. Em nota à imprensa, a pasta afirmou que a saída se deu por "questões pessoais". Dias após a demissão, o Ministério Público solicitou que o Tribunal de Contas da União investigasse a compra de passagens do ministro Márcio Macêdo e assessores no pré-carnaval de Aracaju.

Na representação, o subprocurador Lucas Furtado cita que Maria Fernanda Coelho teria se demitido por ter se negado a assinar a liberação de dinheiro público para a compra dos bilhetes aéreos.


Fonte: O GLOBO