Apesar da reclamação do presidente Lula, exigências da Comissão Europeia na área ambiental são boas para o país
Há várias boas notícias decorrentes da visita da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Brasil, onde se reuniu com o presidente Lula para tratar do acordo entre Mercosul e União Europeia.
A primeira delas é que a Comissão Europeia entrou no Fundo Amazônia, aquele fundo que dá dinheiro ao Brasil para o combate e prevenção ao desmatamento. A Noruega entrou primeiro no fundo, depois a Alemanha, o Reino Unido e agora a União Europeia, que anunciou um investimento de 20 milhões de euros, o equivalente a R$ 100 milhões.
Também se falou na destinação de cerca de 2 bilhões de euros (pouco mais de R$ 10 bilhões) em recursos para investimento em hidrogênio verde, que é a nova frente do combustível de baixo carbono.
Ao mesmo tempo, há impasse no caminho de um acordo comercial entre os dois blocos, e ele está relacionado exatamente à questão ambiental.
O presidente Lula reclamou da exigência feita pela União Europeia de não importar de países que desmatam. Ou seja, que se determinada produção vier de uma área desmatada, não pode entrar na UE.
O presidente reclamou sem razão, já que o objetivo do seu governo é combater o desmatamento, enquanto que o de Bolsonaro queria estimular. Quando Lula diz isso, está fazendo um sinal para o agronegócio.
Mas o agro deve se adaptar, pois essa é uma exigência boa para nós, não por causa da pressão da União Europeia, mas porque é do interesse do Brasil acabar com o desmatamento recente.
Fonte: O GLOBO
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