Preso desde janeiro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres frustrou os planos de lideranças bolsonaristas do Congresso traçados para ele.

O objetivo desse grupo era fazer uma agenda frequente de visitas de políticos ao ex-ministro, trazer ainda mais holofotes para sua prisão e tentar transformá-lo numa espécie de “mártir”.

Ao saber do plano, os advogados de Torres e o próprio ex-ministro rejeitaram a iniciativa. A leitura é que Anderson Torres precisa se afastar de qualquer politização em sua estratégia de defesa. Além disso, a avaliação é que uma agenda de visitas de bolsonaristas poderia soar como um movimento de provocação ao Judiciário.

Desde que trocou de advogado, no mês passado, Torres e sua nova banca buscam afastar qualquer viés político da defesa. A conclusão é que, ter sido assessorado por um criminalista indicado pelo senador Flávio Bolsonaro, não ajudou em nada o ex-ministro.

Nesta sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido de liberdade de Torres, mesmo com manifestação favorável do Ministério Público Federal para que ele fosse solto. Torres é suspeito de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, em 8 de janeiro.


Fonte: O GLOBO