Time paulista precisa verificar se o Barcelona vai cobrir a proposta, pois tem preferência

A fama de clube comprador do Flamengo está perto de alcançar outro patamar. Depois de adquirir direitos de uma série de jogadores de meia idade no Brasil e na Europa nos últimos anos, o clube espera que a chegada de Ângelo, atacante do Santos de 18 anos, inaugure nova fase, a de superar os concorrentes europeus que vêm ao Brasil atrás dos jovens talentos.

Hoje, o Santos tem na mesa uma proposta de 13 milhões de euros (mais de R$ 70 milhões) por 50% dos direitos econômicos do atleta. É um valor superior a que o clube paulista obteve do Nottingham Forest, da Inglaterra, por 100% do jogador: 18 milhões de euros. O Santos acredita que o atleta vale 24 milhões de euros e a vitrine do Flamengo é o atalho para se chegar a essa quantia.

Até porque a negociação tem a intermediação do superagente Giuliano Bertolucci, que possui entrada nos grandes clubes da Europa e tem sido parceiro do Flamengo na chegada dos reforços de maior impacto. Com a oferta enviada ao Santos, o clube carioca aguarda a definição, mas vê com otimismo o desfecho da negociação para qualificar o elenco. O jogador foi aprovado pelo técnico Vítor Pereira.

A principal dúvida é se o Barcelona, que tem prioridade na compra de Ângelo, vai querer igualar a oferta do Flamengo. Caso contrário, o acordo deve ser selado e o jogador se transferir mediante pagamento em três parcelas, uma delas no ato do negócio, que segundo o ge é de 6 milhões de euros (R$ 33 milhões). Em mau momento financeiro, o Santos vê com bons olhos o aporte e manteria 20% dos direitos para faturar em uma futura venda de Ângelo.

O atacante inauguraria um caminho diferente dos jovens revelados pelo Flamengo, que nos últimos anos foram negociados muito novos com gigantes do futebol europeu, como Real Madrid. Vini Jr e Reinier foram os casos mais emblemáticos, e teve ainda Paquetá que foi para o Milan, todos acima dos 30 milhões de euros. Se Ângelo der certo, tem boas chances de atingir esse patamar.


Fonte: O GLOBO