O segurança da loja Renner onde aconteceu o crime não fez nada, totalmente despreparado, como a sociedade está despreparada para lidar com crimes contra a mulher e se aceita isso como normalidade

Em pronunciamento nesta terça-feira (14/03) na Assembleia Legislativa do Amazonas, a deputada estadual Alessandra Campelo (PSC) subiu o tom ao levar à tribuna o estupro de uma criança de 4 anos dentro de um provador de roupas da loja Renner do shopping Sumaúma, na Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.

O caso veio à tona no fim de semana e a deputada Alessandra, que é a Procuradora Especial da Mulher da Casa, iniciou uma grande mobilização digital em sua redes sociais na qual pede ajuda da população para fazer as denúncias que resultem na identificação e prisão do suspeito do abuso sexual.

“O que mais indigna: o segurança da loja foi acionado quando a pessoa que cometeu o crime ainda estava no shopping. E ele (o segurança) disse na opinião dele que aquele homem ali não parecia estar em situação suspeita”, criticou Alessandra.

A negligência da direção da loja diante da suspeita de um crime cometido contra uma criança de 4 anos fez a deputada apresentar uma Moção de Repúdio contra a loja Renner do shopping Sumaúma. Segundo Alessandra, a mãe e a criança já estão recebendo acompanhamento psicossocial e jurídico da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas.

“O segurança da loja Renner onde aconteceu o crime não fez nada, totalmente despreparado, como a sociedade está despreparada para lidar com crimes contra a mulher e se aceita isso como normalidade. O homem tirou a roupa da criança, molestou a criança. Ele é um criminoso e eu espero que ele seja preso e responda pelos seus crimes.

Não tem menor estupro ou maior estupro, é estupro de vulnerável. E o que é mais absurdo: contra uma criança de 4 anos, isso indigna a gente, isso dói na alma. Estamos apresentando uma Moção de Repúdio às lojas Renner, quero que chegue à central dessas lojas. Foi na loja Renner do shopping Sumaúma ”, disparou a deputada Alessandra.

Polícia na cola do suspeito

O caso foi registrado no dia 2 de março, na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). A investigação está em andamento.