![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxtR52uNqJxfJk8LfovYC_MZLJIVrL-Eg4N-SH4CM3IbEUyVJWjVURuzHwKlzveLc88jFGey-ixTNx2-DhRKYnZx8O9iPe4dMnOpj1SRpLbRRzzWU7lX3JYsR1fvgjvuLpg4Fd3AkeLylN1gRiAH4yXKrP93BC6iYS03T0G4C9BX3k5vT4swCwmAfW_A/s16000/whatsapp-image-2023-01-27-at-18.07.19-1-.webp)
A brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, presa na Indonésia com 3,9 quilos de cocaína, virou ré no país e pode receber pena de morte após o julgamento. Manuela aguarda, agora, uma nova audiência, segundo o advogado Davi Lira, que acompanha o caso.
— Ela passou a se tornar ré em processo judicial. O ministério ofereceu a denúncia e o processo está andando. Será designada audiência — explica Davi.
Manuela Vitória, que trabalha como vendedora de roupas e perfumes, contou aos familiares que iria passar o réveillon em Bali com um namorado, que reside em Portugal e com quem ela já havia viajado para o exterior no passado. A brasileira, no entanto, chegou à Indonésia sozinha.
Após aterrissar no aeroporto de Bali, Manuela acabou detida quando os quase 4 quilos de cocaína, distribuídos em pacotes escondidos em duas malas, foram detectados no raio-x. Quatro comprimidos de clonazepam também estavam guardados em uma bolsa. Desde então, ela está presa, tendo como advogado um defensor público.
Segundo ele, a pena mínima é de cinco anos, mas pode chegar até a pena de morte, de acordo com Davi Lira da Silva. A família chegou a tentar contratar um advogado particular especialista em casos como esse, mas o preço, que ficava acima dos US$ 50 mil, foi um impeditivo.
De acordo com o diretor de Investigação de Narcóticos de Bali, Kombes Iwan Eka Putra, Manuela relatou não saber que levava substâncias ilegais na bagagem. Conforme o seu relato, foi prometido a ela entrar em uma escola de surfe em troca do transporte das bagagens. Ainda de acordo com Kombes Putra, a polícia não conseguiu identificar quem seria o destinatário das drogas.
O advogado da família de Manuela defende que ela foi usada como “mula”.
— A Manuela foi usada. Tem um termo que a gente usa para isso, que representa bem o que aconteceu. Chama-se: mula. Os policiais da Indonésia mesmo se referiram a ela como atravessadora — explica o advogado, que atua no Pará, estado onde a jovem, moradora de Belém, tinha residência. — Ela não é narcotraficante. Ela é uma jovem que tem sonhos, esperanças.
De acordo com o advogado, ela foi aliciada por uma organização criminosa com atuação em Santa Catarina para fazer a viagem levando o carregamento, com a promessa de que passaria um mês de férias em Bali, com uma matrícula garantida na escola de surfe.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários