O cantor foi morto com mais de 20 tiros no dia 4 de janeiro, na Zona Norte da capital

O terceiro homem envolvido no assassinato do cantor sertanejo Igor Moreira, de 29 anos, foi preso, em Manaus, na quinta-feira (26). A vítima foi alvejada com mais de 20 tiros no dia 4 de janeiro, na Zona Norte da capital. Segundo a polícia, o cantor morreu por engano.

Dois homens já tinham sido presos por envolvimento no crime. Em depoimento, eles confessaram que receberam a ordem para matar um desafeto de um traficante, mas logo após o crime foram informados de que mataram o homem errado.

Na manhã desta sexta-feira (27), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que prendeu o terceiro suspeito do crime, no Colônia Santo Antônio, mesmo bairro onde o cantor foi morto.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) deve dar mais detalhes da prisão em coletiva de imprensa, no fim da manhã desta sexta.

A Polícia Civil ainda procura por um quarto suspeito envolvido no assassinato.

Assassinato

Igor Moreira foi assassinado na noite do dia 4 de janeiro deste ano, quando chegava à casa da sogra, no bairro Colônia Santo Antônio, Zona Norte de Manaus. No momento do crime, o cantor estava acompanhado da noiva e do enteado.

De acordo com o depoimento da noiva à polícia, o cantor foi abordado por suspeitos que estavam em um carro branco. A mulher relatou que o atirador seguiu o sertanejo até a casa exigindo uma bolsa e uma arma.

A vítima disse que não sabia do que se tratava. Após responder ao criminoso, o cantor foi alvejado com mais de 20 disparos de arma de fogo, segundo a polícia.


Igor Moreira era cantor e tocava teclado durante os shows. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Morto por engano

Durante as investigações do caso, a Polícia Civil concluiu que o cantor sertanejo foi morto por engano.

O delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia de Homicídios do Amazonas, contou que os assassinos confundiram a vítima com um traficante.

"Os indivíduos que prendemos informaram que foram contratados para fazer essa missão. Eles contaram que não sabiam quem era o alvo, mas que tinham a missão de matá-lo. No entanto, eles foram avisados que mataram a pessoa errada. Era para matar desafeto de facção rival, mas assassinaram uma pessoa inocente", disse o delegado, que completou:

"Ele [Igor] era claramente inocente, sem passagem pela polícia, sem envolvimento com o tráfico de drogas ou com agiotagem".

De acordo com o delegado Danniel Antony, que comandou a prisão dos suspeitos, o primeiro homem a ser detido teria recebido a ordem para matar Igor, e foi o responsável por contratar outros dois criminosos que participaram da ação.

Fonte: G1/AM