Decisão sobre fazer proposta ao Ceará ainda está pendente. Parte da cúpula de futebol é favorável, enquanto comissão técnica tem seus receios

Os dias vão passando, o início da temporada se aproxima e a torcida do Fluminense se pergunta: e o Vina? A contratação do meio-campista de 31 anos, que defende o Ceará atualmente, tem mexido com a expectativa dos torcedores. Mas não se trata de um assunto fácil e que sequer é unanimidade dentro do CT Carlos Castilho. Esse, por sinal, é um dos motivos que tem feito as conversas se arrastarem.

O técnico Fernando Diniz, de forma específica, gosta de Vina como jogador e o considera um reforço de qualidade. Mas o treinador, que não bate o martelo sozinho sobre os rumos a serem tomados pelo Fluminense, é apenas uma das várias vozes que compõe a cúpula de futebol tricolor. Internamente, não há uma unanimidade sobre o jogador, o que faz a decisão sobre investir ou não se arrastar.

Membros da comissão técnica do Fluminense, por exemplo, já demonstraram certa resistência quanto a contratação. Pesa contra Vina o seu histórico: apesar de ter ido bem na passagem pelo Ceará, seu extracampo causa receio. Pesa a favor ter demonstrado mudança de atitude nos últimos anos — e, claro, a sua qualidade. Neste momento, não há um veto ou uma aprovação sobre Vina. Certo é que o nome não empolgou a todos.

O meio-campista não ter sido consenso inicialmente não significa que o Fluminense desistiu da negociação ou que não fará esforços para tê-lo. O tema é tratado com cautela. Tanto que se o martelo for batido com a decisão de seguir em frente, alguns moldes de negociação estão definidos.

Por exemplo, que nenhum jogador tricolor será envolvido na negociação. Veículos do Ceará noticiaram que nomes como o lateral-direito Calegari, o lateral-esquerdo Cristiano e o atacante Caio Paulista poderiam ser envolvidos. Não há o desejo em liberá-los.

Em uma das várias reuniões já realizadas, Fernando Diniz destacou que há jogadores vindos da categoria de base que estão pronto para ser promovidos e lapidados que poderiam executar funções que ele gosta. Isso deixou a diretoria do Fluminense tranquila para não ter que correr para fazer uma grande investimento após a saída de Nathan, que decidiu ficar no Atlético-MG após a renovação de empréstimo estar encaminhada.

Outro ponto é que, neste momento, não há negociação em curso e nenhuma proposta oficial foi enviada ao Ceará. O empresário André Cury, que agencia Vina, esteve no CT Carlos Castilho na última semana para iniciar conversas. 

A negociação não é simples, já que o meia tem contrato com o Ceará até o fim de 2024. Porém, o fato de ter caído para a Série B pode ajudar já que o salário do atlate é o mais alto do elenco e fora da realidade atual do clube.


Fonte: O GLOBO