Homem de 37 anos é investigado por crimes de importunação sexual, assédio sexual, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude

O técnico de um time infantil de handebol da cidadezinha de Saudades (SC), de menos de 10 mil habitantes, foi preso durante um torneio realizado em Criciúma, neste sábado (25), suspeito de ter praticado crimes de importunação sexual, assédio sexual, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude contra vários de seus alunos, de idades que variam de 11 a 16 anos. 

A Polícia Civil já ouviu o depoimento de testemunhas e admite a possibilidade de que mais de dez adolescentes tenham sido vítimas do professor, de 37 anos. Sete já relataram abusos até agora. O caso corre sob sigilo. Ao ser detido, o homem preferiu ficar em silêncio.

De acordo com o depoimento de testemunhas, o técnico fingia fazer massagens para tocar nas partes íntimas dos atletas – todos meninos – e, por vezes, importunava pedindo para vê-las. Elas disseram que não chegaram a denunciar os assédios no clube, Associação Saudadense de Handebol (Asah/Saudades), por vergonha. Por isso, decidiram ir direto à delegacia.

– Ouvimos algumas testemunhas e vítimas sobre essa situação tão grave, que envolvia adolescentes, e solicitamos junto ao Ministério Público estadual e ao Judiciário a prisão do investigado, que foi deferida. Realizamos e, agora, ele foi encaminhado ao presídio. Ainda não foi interrogado porque ainda vamos ouvir outras testemunhas e outras vítimas sobre o ocorrido. Ainda esta semana, estaremos fazendo seu interrogatório. 

Por enquanto, estamos analisando alguns objetos e materiais que foram apreendidos em sua residência, para que a gente possa esclarecer o mais rápido possível os fatos – informa à reportagem o investigador Jonas Kaiser, que responde pela delegacia da cidade.


Momento da prisão do técnico, em Criciúma: time participava de torneio — Foto: Divulgação / PC-SC

– Ainda vou ouvir mais algumas pessoas, alguns adolescentes, mas acredito que vá passar de dez o número de vítimas – acrescentou Jonas.


Fonte: O GLOBO