
As Bolsas de Valores da Ásia fecharam em forte alta nesta quinta-feira após o Politburo chinês – a mais alta instância do Partido Comunista da China – ter afirmado que fará o “estímulo fiscal necessário” para garantir que o PIB do país cresça na meta definida pelo governo para este ano, que é de 5%.
A chancela do PC chinês às medidas de estímulo veio apenas dois dias depois de o BC local ter reduzido taxas de juros e facilitado a compra de imóveis no maior pacote de incentivos à economia desde a pandemia da Covid.
Agora, analistas esperam novas medidas de estímulo. A agência de notícias Bloomberg informou, citando interlocutores próximos do governo, que Pequim estuda aportar 1 trilhão de yuans (US$ 142,39 bilhões) em injeção de capital nos maiores bancos estatais do país.
A mudança de postura do governo chinês, na direção de mais estímulos à economia, fez as Bolsas da Ásia fecharem em forte alta. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 4,16%. A Bolsa de Xangai subiu 3,61% e o principal índice do mercado acionário japonês teve alta de 2,79%. Ações de empresas chinesas do setor de construção civil chegaram a subir até 15%.
Analistas avaliam que o pacote de estímulos anunciado esta semana, e que teve o endosso do Politburo, representa uma mudança estratégica de Pequim em prol de uma ação mais orquestrada, após a adoção de políticas ocasionais e fragmentadas ter surtido pouco efeito na economia.
Ao mesmo tempo, a informação de que a Arábia Saudita não mais vai perseguir sua meta de calibrar suas exportações de petróleo para manter o preço do barril acima de US$ 100 no mercado internacional fez com que as cotações do produto recuassem com força no mercado internacional. O barril do tipo Brent chegou a cair mais de 2%.
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Segundo reportagem do Financial Times, A Arábia Saudita está se preparando para abandonar sua meta não oficial de US$ 100 por barril de petróleo e vai aumentar a produção para reconquistar uma fatia maior do mercado, mesmo que isso signifique preços mais baixos.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que na prática é liderada pelos sauditas, tem reduzido a produção de petróleo para sustentar os preços.
No entanto, a cotação do petróleo já recuou quase 5% este ano, em meio ao aumento da oferta de outros produtores, especialmente dos Estados Unidos, e também diante do fraco crescimento da demanda na China.
O Financial Times, citando pessoas familiarizadas com o governo saudita, informou que Riad está comprometido com o aumento de produção na Opep, conforme planejado para 1º de dezembro, mesmo que isso signifique um período mais longo de preços baixos do petróleo.
Fonte: O GLOBO
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