Segundo a polícia, as notas estavam na posse de dois suspeitos que foram conduzidos à sede da PF em Juazeiro do Norte para prestar esclarecimentos
  
A Polícia Federal apreendeu nesta sexta-feira R$ 500 mil em espécie em Maceió, Alagoas, e a suspeita é que o dinheiro seria usado para compra de votos. Na quinta-feira, o mesmo valor em espécie foi apreendido em Juazeiro do Norte, no Ceará, e a polícia apura se o valor seria usado para compra de votos na região do Cariri.

No caso em Maceió, a polícia abordou um suspeito com a quantia em Ponta Verde, bairro nobre da capital. "A operação foi desencadeada após uma denúncia indicar que uma pessoa realizaria o saque de uma grande quantia para ser utilizada na compra de apoio eleitoral para o pleito que será realizado em 6 de outubro", informou a polícia.

Durante a abordagem, os policiais localizaram o dinheiro "sem aparente origem lícita ou justificativa plausível para o transporte". O suspeito foi conduzido à sede da PF para prestar esclarecimentos e um inquérito foi aberto para apurar possíveis crimes de relacionados a compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

No Ceará, a ação da PF ocorreu também após denúncias sobre o transporte irregular de valores.

Conforme a polícia, "as notas estavam na posse de dois suspeitos que foram conduzidos à sede da PF em Juazeiro do Norte para prestar esclarecimentos.". Os policiais informaram que não havia uma justificativa plausível para o transporte em espécie.

Um inquérito foi também instaurado para apurar possíveis crimes relacionados a corrupção eleitoral, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro ou outras atividades ilícitas.

No mês passado, o GLOBO mostrou que de janeiro a agosto foram instaurados na PF 1.061 investigações relacionadas a crimes eleitorais. Até agosto, a polícia havia registrado 100 inquéritos de compra de votos. A maior parte, no entanto, — 377 casos — apura a inscrição fraudulenta de eleitores.

Outra conduta que motivou a instauração de inquéritos está o chamado "Caixa 2" de campanhas anteriores, quando o candidato utiliza recursos financeiros sem declarar à Justiça Eleitoral.


Fonte: O GLOBO