Danos após um dispositivo de rádio explodir dentro de uma casa em Baalbek, no leste do Líbano — Foto: AFP
Em entrevista à BBC, o médico no Líbano Elias Warrak descreveu as consequências dos bombardeios de terça-feira como "o pior dia de [sua] vida como médico". Pelo menos 60% das pessoas que ele viu perderam pelo menos um olho, disse ele, com muitas também perdendo um dedo ou uma mão inteira.
– Acredito que o número de vítimas e o tipo de dano que foi causado são enormes. Infelizmente, o dano não se limita aos olhos – alguns deles têm danos no cérebro, além de qualquer dano facial.
A organização político-militar, assim como autoridades dos EUA e de outros países, apontaram Israel como responsável pelas ações, as mais recentes em uma série de troca de hostilidades entre os dois lados desde 8 de outubro, um dia após os ataques do grupo terrorista Hamas no sul israelense que desencadearam a guerra em Gaza.
O Exército israelense não respondeu a pedidos do jornal americano New York Times para comentar as explosões, mas o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, disse em uma declaração em vídeo nesta quarta-feira que Israel estava "no início de um novo período nesta guerra".
Sem mencionar os ataques no Líbano, que elevaram os temores de que o conflito possa escalar para uma guerra total, Gallant disse que o "centro da gravidade" dos esforços militares israelenses "se movia para o norte" à medida que o país desviava "forças, recursos e energia em direção à ameaça apresentada pelo Hezbollah".
Fonte: O GLOBO
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