Apesar de reconhecer problema geral do futebol brasileiro, treinador destacou a incapacidade de manter consistência em meio a jogos seguidos e vários desfalques
O calendário apertado de jogos no futebol brasileiro sempre se torna pauta, especialmente em um momento no qual a Copa América levou muitos jogadores em meio à disputa do Brasileirão. Após a vitória dura do Botafogo sobre o Bragantino por 2 a 1, ontem, no Nilton Santos, Artur Jorge não demonstrou surpresas com a situação, mas apontou que é "humanamente impossível" manter um bom desempenho com tantos compromissos seguidos.
— Essa questão do calendário não é nova. Sabemos que essas são as regras do jogo, e são muito parecidas ou iguais para todos. Semanas com quatro dias (de descanso), outras com três. Isso torna as coisas muito difíceis para os atletas — disse na coletiva o treinador português.
— Porque, nós, treinadores, exigimos deles. A torcida exige deles. A imprensa exige deles. E não é possível estar competindo no mais alto nível de três em três dias. Humanamente, não é possível. Por melhor recuperação que se possa fazer. Não se consegue ter o mesmo nível de performance — acrescentou.
O Botafogo perdeu apenas o venezuelano Savarino para as convocações, mas as lesões se acumulam no elenco. Ontem, foram nove desfalques, como Júnior Santos, com problema na coxa direita. Aliás, Bastos deixou a partida no intervalo sentindo uma dor na lombar, e o goleiro John terminou reclamando de câimbras na região do quadril.
Já foi possível para o treinador conduzir sua equipe a uma boa sequência de vitórias, mas o desgaste tem impedido grandes atuações recentes. A vitória contra o Bragantino veio a duras penas, após o resultado não ter sido bom contra Criciúma (derrota) e Athletico (empate). É necessário se desdobrar.
— Quando eu não estava aqui no Brasil ainda, ouvia essa expressão: "Aqueles que conseguem ganhar é quem tem o melhor elenco, não a melhor equipe". De fato, faz muita falta isso: podermos manter consistência na equipe mudando três ou quatro peças. A energia dos jogadores e a capacidade de desempenho não é igual, jogando uma quarta e um sábado recorrentemente. Isso não acontece durante 20 dias. Não, isto acontece todos os meses — finalizou.
O próximo jogo já será no sábado, às 18h30, o clássico contra o Vasco, em São Januário. Mais uma vez com poucos dias de descanso, a comissão técnica do português tenta recuperar os atletas e mira reforços para a janela que se abre em 10 de julho. É a forma de se blindar diante de um problema comum a todos os clubes.
— Podemos entrar em outro campo, que é o de perdemos a qualidade dos espetáculos, baixarmos o nível dos jogos. Acho que sim. Mas, sendo estas as regras do jogo, não temos outro remédio que não seja dar o nosso melhor. Há essas condicionantes, sem dúvidas, e nós somos capazes de identificar — disse Artur Jorge.
Fonte: O GLOBO
O calendário apertado de jogos no futebol brasileiro sempre se torna pauta, especialmente em um momento no qual a Copa América levou muitos jogadores em meio à disputa do Brasileirão. Após a vitória dura do Botafogo sobre o Bragantino por 2 a 1, ontem, no Nilton Santos, Artur Jorge não demonstrou surpresas com a situação, mas apontou que é "humanamente impossível" manter um bom desempenho com tantos compromissos seguidos.
— Essa questão do calendário não é nova. Sabemos que essas são as regras do jogo, e são muito parecidas ou iguais para todos. Semanas com quatro dias (de descanso), outras com três. Isso torna as coisas muito difíceis para os atletas — disse na coletiva o treinador português.
— Porque, nós, treinadores, exigimos deles. A torcida exige deles. A imprensa exige deles. E não é possível estar competindo no mais alto nível de três em três dias. Humanamente, não é possível. Por melhor recuperação que se possa fazer. Não se consegue ter o mesmo nível de performance — acrescentou.
O Botafogo perdeu apenas o venezuelano Savarino para as convocações, mas as lesões se acumulam no elenco. Ontem, foram nove desfalques, como Júnior Santos, com problema na coxa direita. Aliás, Bastos deixou a partida no intervalo sentindo uma dor na lombar, e o goleiro John terminou reclamando de câimbras na região do quadril.
Já foi possível para o treinador conduzir sua equipe a uma boa sequência de vitórias, mas o desgaste tem impedido grandes atuações recentes. A vitória contra o Bragantino veio a duras penas, após o resultado não ter sido bom contra Criciúma (derrota) e Athletico (empate). É necessário se desdobrar.
— Quando eu não estava aqui no Brasil ainda, ouvia essa expressão: "Aqueles que conseguem ganhar é quem tem o melhor elenco, não a melhor equipe". De fato, faz muita falta isso: podermos manter consistência na equipe mudando três ou quatro peças. A energia dos jogadores e a capacidade de desempenho não é igual, jogando uma quarta e um sábado recorrentemente. Isso não acontece durante 20 dias. Não, isto acontece todos os meses — finalizou.
O próximo jogo já será no sábado, às 18h30, o clássico contra o Vasco, em São Januário. Mais uma vez com poucos dias de descanso, a comissão técnica do português tenta recuperar os atletas e mira reforços para a janela que se abre em 10 de julho. É a forma de se blindar diante de um problema comum a todos os clubes.
— Podemos entrar em outro campo, que é o de perdemos a qualidade dos espetáculos, baixarmos o nível dos jogos. Acho que sim. Mas, sendo estas as regras do jogo, não temos outro remédio que não seja dar o nosso melhor. Há essas condicionantes, sem dúvidas, e nós somos capazes de identificar — disse Artur Jorge.
Fonte: O GLOBO
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