Menino apresentava sinais de tortura, abuso sexual, além de um grampo preso no couro cabeludo, segundo a polícia.
Uma mulher e a companheira dela foram presas suspeitas de torturar e matar uma criança de 4 anos, em Manaus. O menino era filho de uma das suspeitas. Segundo a polícia, a vítima já chegou morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Zona Norte, e apresentava também sinais de abuso sexual.
À Rede Amazônica, a titular da Delegacia Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Joyce Coelho, contou que a equipe policial foi acionada na tarde da quarta-feira (24) após as mulheres levaram o corpo da criança para a UPA.
"Nós recebemos um chamado informando que uma criança do sexo masculino deu entrada já em morta na unidade hospitalar e que essa criança apresentava inúmeros sinais de violência com hematomas pelo corpo", disse a delegada.
Após serem feitos exames, a equipe médica constatou algumas lesões, como fraturas nas costelas e bacia da criança. Ainda de acordo com os médicos, também foi extraído um grampo do couro cabeludo do menino.
"É um caso realmente chocante. A gente classifica como uma monstruosidade depois de verificar todas as lesões que essa criança apresentava", ressaltou Joyce Coelho.
Além das violências físicas, a equipe médica também identificou uma laceração nas partes íntimas do menino, que mostrou indícios de abuso sexual.
"Diante de todas essas lesões fica evidente que essa criança já vinha sendo torturada por algum período", reiterou a titular da Depca.
Depoimentos
Em depoimento, a mãe, de 33 anos, explicou que o menino morava junto dela e da companheira há quatro meses. Antes, o menino era criado pela avó materna que faleceu.
Após ir morar junto do casal, a criança ficou sob os cuidados da mulher de 31 anos, enquanto a mãe do garoto saía para trabalhar.
Ainda no interrogatório, a mãe do menino disse que não sabia como as agressões tinham sido feitas, mas que desde a semana passada havia notado hematomas pelo corpo da criança. Ela chegou até questionar a companheira que teria dito que a vítima teria caído.
Segundo Joyce Coelho, nenhuma das mulheres assumiu a autoria dos crimes, mas pelos indícios apresentados durante o processo, elas foram presas em flagrante.
As mulheres foram indiciadas por por homicídio qualificado, tortura majorada e também por estupro de vulnerável.
Fonte: G1
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