Três funcionários da London Clinic são suspeitos de tentarem violar sigilo de registros de saúde da princesa de Gales; unidade pode ser multada por suposto atraso na notificação do caso
O Gabinete do Comissário para a Informação do Reino Unido apura se o hospital omitiu a tentativa de vazamento das autoridades. Em comunicado enviado à CNN, o regulador independente para a proteção de dados e liberdade de informação no país disse ter recebido "um relatório de violação" de dados e confirmou estar "avaliando as informações fornecidas". A London Clinic também abriu uma apuração interna sobre as alegações.
Após passar por um cirurgia no abdômen, a princesa de Gales, Kate Middleton, ficou internada por duas semanas na London Clinic. A notícia inesperada gerou confusão e preocupação no Reino Unido — e suscitou todo o tipo de especulações sobre a gravidade do seu estado, que não foi detalhado.
Acessar registro médicos de um paciente sem o consentimento de um responsável pelo tratamento de dados da instituição de saúde é crime no Reino Unido. O executivo-chefe da London Clinic, Al Russell, afirmou que "todas as medidas investigativas, regulatórias e disciplinares apropriadas serão tomadas" no caso.
Um dos poucos detalhes que surgiram sobre a recente operação de Kate foi o local do procedimento médico: The London Clinic. O hospital, onde o rei Carlos III também se trata de um câncer, é o estabelecimento escolhido há décadas por membros da realeza e da classe política britânica, pela sua discrição e privacidade. A rainha Elizabeth II e seu marido, Philip, fizeram parte de sua lista de pacientes, além de primeiros-ministros como Anthony Eden e Clement Attlee.
O hospital privado, o maior de Londres, fica localizado em Devonshire Place, no bairro residencial de Marylebone, e é referência para a família real e para a elite da política e de Hollywood. O estabelecimento abriu suas portas pela primeira vez em 1932 e já tratou anteriormente o Príncipe Philip e a Princesa Margaret, a atriz Elizabeth Taylor e até o ex-presidente dos EUA John F. Kennedy.
De acordo com o seu site, o centro médico é especializado em câncer, saúde da mulher, urologia e ortopedia, entre outras coisas, embora um porta-voz do palácio real tenha descartado que a condição de Kate fosse cancerígena.
Serviço exclusivo para organizar viagens e passeios
Todos os quartos do hospital possuem cama controlada eletronicamente pelo paciente, banheiro próprio, ar condicionado, televisão e rádio com controle remoto, telefone e sistema de chamada de enfermagem. Além disso, inclui cofre para objetos de valor e acesso Wi-Fi. O local dispõe, ainda, de uma cafeteria que abre todos os dias da semana com um “ambiente tranquilo para pacientes e visitantes, afastado do ambiente hospitalar”.
Além disso, o espaço exclusivo oferece um atendimento personalizado aos pacientes internados, oferecendo ajuda “na organização de viagens e hospedagem, reserva de passeios, espetáculos teatrais e restaurantes”.
A lista de serviços inclui reservas de voos comerciais e translados privados, bem como bilhetes para eventos esportivos, passeios de compras de luxo e reservas de hotéis para “facilitar e aproveitar ao máximo a sua estadia em Londres”.
Fonte: O GLOBO
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