Evento será realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
O evento terá como tema “Democracia Sempre - 60 anos (1964-2024) - Golpe”. Além de Marinho, está confirmada também a participação do escritor Frei Betto, que fez parte da luta contra a ditadura e foi preso pela repressão. O ato é organizado pela Associação Heinrich Plagge (entidade de trabalhadores perseguidos na ditadura) e pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
Lula se projetou nacionalmente ao liderar greves como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na segunda metade da década de 1970. Por causa de sua atuação, o então sindicalista chegou a ser preso por 31 dias em 1980. Entre 1996 e 2003, Marinho, que é amigo de Lula, também presidiu o sindicato.
Agora, em seu terceiro mandato como presidente, Lula deu uma ordem explícita aos ministros do Palácio do Planalto que não queria que o governo fizesse nenhum movimento ou evento em memória aos 60 anos do Golpe Militar, nem a favor e nem contra.
O presidente argumentou, em uma reunião no começo de março, aos auxiliares mais próximos que o objetivo era evitar que a data fosse usada para “conflagrar o ambiente político do país”.
O Ministério dos Direitos Humanos, comandado por Silvio Almeida, pretendia realizar um evento no Museu da República, em Brasília, que exaltaria a luta de perseguidos pelo regime militar.
Fonte: O GLOBO
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