Ministério da Fazenda está firmando parcerias para ampliar alcance; prazo vai até 31 de março

A plataforma do programa Desenrola Brasil já pode ser acessada pelo site ou aplicativo do Serasa, instituição de crédito, informou o Ministério da Fazenda. O acesso pelo site gov.br está mantido, mas ao trazer parceiros para o programa o governo quer ampliar o alcance das renegociações. Até agora, 12 milhões de brasileiros foram beneficiados pelo Desenrola, que termina no próximo dia 31 de março.

No total, R$ 35 bilhões em dívidas foram renegociadas com desconto médio de 85%. A ideia do ministério é ampliar as parcerias.

— Quem fizer o login pelo Serasa será direcionado para a plataforma Desenrola Brasil, que também continuará sendo acessada pelo gov.br. A plataforma vai funcionar como um hub, que pode ser acessado via parceiros, facilitando o acesso de quem já é cliente desses parceiros — explicou Alexadre Ferreira, coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda, lembrando que quem entrar pelo Serasa terá as mesmas condições de renegociação das dívidas — à vista, parcelado sem entrada, com início de pagamento em 60 dias.

Pedro Dias Lopes, vice-presidente da Serasa, disse que a base de clientes cadastrados na instituição é de 88 milhões de pessoas, com 27 milhões de usuários ativos todos os meses. Ele afirmou que desde sexta-feira passada pelo menos 455 mil pessoas já acessaram o Desenrola, mesmo sem divulgação dessa possibilidade.

Para ter acesso pelo Serasa, é preciso baixar o aplicativo, ou acessar o site, e fazer o login com CPF e senha. No ambiente digital do Serasa, já aparece a aba de renegociação de dívidas do Desenrola.

O Ministério vem ajustando as regras para tentar ampliar o alcance do Desenrola. Atualmente, mesmo credores que têm conta bronze no gov.br podem acessar o programa, com possibilidade de pagamento à vista das dívidas e parcelamento.

Pelo menos 40% das renegociações já estão sendo feitas por usuários de conta bronze. Antes, apenas aqueles que tinham contas prata e ouro podiam ter acesso, por motivos de segurança. Pelo menos 70 milhões de brasileiros estão com o nome negativado por atraso de dívidas.

Na atual fase do programa, de dívidas gerais e não só bancárias, podem participar pessoas com renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). podem ser renegociadas dívidas como conta de luz, água, dívidas com comércio e bancos.


Fonte: O GLOBO