Tele carioca protocolou nesta terça-feira a nova versão de seu segundo plano de recuperação judicial
De acordo com a tele, haverá “realização de processos competitivos para a alienação das UPIs (unidades) ClientCo e V.tal definidas na Nova Versão do Plano de Recuperação Judicial”. A companhia contratou bancos no ano passado para calcular o valor das empresas.
Segundo fontes, não está descartada uma nova divisão dos clientes de fibra óptica para os rivais Claro, Tim e Vivo, como foi feito com a Oi Móvel.
No documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a meta da Oi é chegar a 5,6 milhões de clientes. A receita com o serviço da Oi Fibra hoje é de R$ 4,4 bilhões e pode chegar a R$ 6,4 bilhões em 2028.
A companhia, que pretende realizar uma Assembleia Geral de Credores em março, prevê uma nova captação, via empréstimo prioritário, de até U$ 650 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões, levando em conta a cotação de R$ 5).
Esse dinheiro novo entraria prioritariamente através dos credores, que, em retorno, poderiam proteger um pedaço da dívida antiga sem desconto, para pagamento em 2027, de acordo com uma fonte.
“A companhia também espera poder captar outros recursos, por meio de um aumento eventual de capital, ou da contratação de novas linhas de crédito para o refinanciamento das dívidas”, informou a companhia.
A tele carioca entrou com o segundo pedido de proteção judicial no início do ano passado, com dividas financeiras de R$ 36,7 bilhões, de acordo com o balanço do terceiro trimestre. Com a venda dos dois ativos, a Oi ficaria ainda com a Oi Soluções (de clientes corporativos), operações fixas, os clientes de TV, a rede de cobre, a Tahto (central de atendimento) e a Serede (operações de campo de rede).
Nesse caso, a Oi projeta que a receita com as operações de telefonia fixa (o que ela chama de “legado”), a operação via satélite e as subsidiária passará de R$ 2,9 bilhões em 2023 para R$ 75 milhões em 2028. Os números são estimativas.
Rodrigo Abreu, ex-CEO da companhia e que permanece à frente das negociações com os credores, explicou que esse novo processo de recuperação judicial foi necessário para a equalização das dívidas financeiras, a maior parte delas atrelada à variação cambial.
Nesta nova versão, o plano altera as negociações com credores como agências de crédito à exportação, donos de títulos do exterior (bondholders) e bancos nacionais. Segundo a tele, as novas condições ainda estão em discussão.
Fonte: O GLOBO
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