‘Spread’ no financiamento será reduzido em até 60% em relação ao habitualmente cobrado

O BNDES lança hoje uma linha de crédito de R$ 2 bilhões com spread (a diferença entre o custo de captação e o que é cobrado no empréstimo) reduzido em até 60%. Os recursos serão usados para financiar o pré-embarque nas exportações.

A redução do spread está limitada a R$ 150 milhões por operação. Para a exportação de máquinas eficientes — equipamentos que realizam funções de maneira eficaz e com a menor quantidade de recursos possível —, o custo para o tomador será de 0,50% ao ano, até o limite de R$ 150 milhões, e de 0,90% ao ano no que exceder esse valor.

Já para os demais bens, o spread será de 0,60% (no caso de máquinas 4.0 e bens de baixa emissão de carbono ou mobilidade em baixo carbono) e de 0,80%, também limitado a R$ 150 milhões por operação. Acima desse valor, o spread é de 1,30% ao ano.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do banco, José Luís Gordon, em 2023 toda a linha BNDES Exim Pré-embarque alcançou R$ 4,5 bilhões. Foram 55 operações aprovadas contra 35 operações entre 2019 e 2022. Já os desembolsos somaram R$ 5,9 bilhões no ano, valor 79% superior ao total realizado nos quatro anos anteriores.

BNDES: sede do banco fica no Centro do Rio — Foto: Fábio Rossi/Agência O Globo

Gordon afirmou que as pequenas e médias empresas exportadoras serão as principais beneficiadas com a nova linha de crédito:

— O banco está cortando na própria carne ao reduzir o spread. Entre as prioridades do governo estão a inovação, a economia verde, a produtividade e a exportação.

O spread é um dos componentes da taxa de juros dos financiamentos que se soma ao custo financeiro da operação e, em operações indiretas, às taxas dos agentes financeiros. No caso do BNDES, varia de 1,3% a 2%.

Já o BNDES Exim Pré-embarque é um produto criado para apoiar empresas brasileiras na produção de bens destinados à exportação. Os recursos são recebidos pelo cliente no Brasil, vinculados ao compromisso de, posteriormente, comprovar a venda dos produtos no exterior.


Fonte: O GLOBO