Ativista, Daniel Munduruku relembrou crise na saúde, um ano após governo anunciar emergência na região

O escritor e ativista Daniel Munduruku criticou nesta sexta-feira a atuação do governo federal frente a crise na saúde na terra ianomâmi. Sem citar a ministra dos Povos Originários Sonia Guajajara, Mundukuru chamou a pasta de "cirandeira" e disse que há "muita festa" e "muito discurso" e "nada do necessário" para resolver o problema na região.

A crítica do ativista ocorre na semana em que completa um ano que o governo do presidente Luiz Inácio Lula decretou emergência de saúde pública na região. Essa semana, o governo anunciou uma nova estratégia para a região, com a construção de uma unidade de saúde e postos de segurança permanentes na região, que devem ser finalizadas após o carnaval.

O governo anunciou emergência de saúde em janeiro de 2023, após constatar falta de assistência sanitária dos povos que vivem no local e forte presença de garimpo ilegal. Na ocasião, o Ministério da Saúde constatou quadros graves de desnutrição entre os indígenas, sobretudo pelo uso de mercúrio no garimpo — substância que polui os rios com peixes que alimentam os habitantes.


Fonte: O GLOBO