Medida seria tomada para preservar a identidade e privacidade da jovem de 23 anos
O Ministério Público da Espanha solicitou que o julgamento de Daniel Alves, acusado de agressão sexual, seja realizado inteiramente de portas fechadas. A medida tem o intuito de preservar a privacidade da vítima. Desta forma, somente o advogado responsável pelo caso e os advogados da acusação e da defesa do jogador estarão presentes no Tribunal de Barcelona.
Assim, os veículos de comunicação social não estarão permitidos a assistir a um dos julgamentos de maior repercussão ocorridos em Barcelona nos últimos anos. No seu pedido, o Ministério Público sustenta que o julgamento de portas fechadas é uma medida “indispensável” para proteger o direito da vítima à privacidade.
A defesa da vítima também exige que o tribunal realize o julgamento de portas fechadas, e os advogados de Daniel Alves não contestam este pedido. O tribunal de Barcelona deve responder a solicitação dentro de alguns dias, mas não devem se opor. As informações são da imprensa espanhola.
A Audiência de Barcelona, a instância mais alta da Justiça local, confirmou que o julgamento do ex-lateral direito da seleção brasileira ocorrerá entre 5 e 7 de fevereiro em um tribunal da cidade. As sessões terão depoimentos de Daniel Alves e de 28 testemunhas que estavam na boate Sutton na noite em que o crime ocorreu, em 30 de dezembro de 2022.
Como será realizado o julgamento de Daniel Alves?
De acordo com o UOL, a audiência vai começar às 10h (horário da Espanha) e 6h (horário de Brasília) e Daniel Alves deve prestar depoimento já no primeiro dia de julgamento, na segunda-feira. Além dele, também serão ouvidas seis testemunhas.
No dia seguinte, terça-feira, haverá mais 22 depoimentos de testemunhas. Enquanto na quarta-feira, está prevista a análise de dados periciais relativos ao caso, como exames médicos feitos pela denunciante, além de informações como o circuito interno de TV da discoteca.
Depois dos três dias de julgamento, a juíza Isabel Delgado Pérez, que julga o caso, ficará responsável por elaborar a sentença. Vale relembrar que o Ministério Público pediu nove anos de prisão ao jogador, enquanto a defesa da vítima queria uma sentença maior, de 12 anos.
Fonte: O GLOBO
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