Ortopedista do Hospital das Clínicas, em São Paulo, também pertencia ao corpo clínico do Sírio-Libanês

Aos 62 anos, Marcos de Andrade Corsato foi professor de ortopedia dos outros dois médicos também assassinados no crime que ocorreu nesta madrugada num quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Eles haviam ido para o Rio para participar de um congresso internacional de ortopedia sobre cirurgia minimamente invasiva do pé e tornozelo. As vítimas morreram após criminosos armados saírem de um carro e dispararem pelo menos 33 vezes contra grupo.

Formado em medicina pelo Hospital das Clínicas em São Paulo em 1984, Corsato atualmente era médico do Instituto de Ortopedia do próprio Hospital das Clínicas (HC) e também pertencia ao corpo clínico do Hospital Sírio Libanês, em SP. Em ambos os hospitais, ele é lembrado como um médico alegre, carinhoso, de bem com a vida.

-- Ele era uma pessoa alegre, bem-humorada, não tinha quem não gostasse dele — diz Jorge dos Santos Silva, diretor do corpo clínico do Instituto de Ortopedia do HC.

Os colegas também afirmam que ele estava na melhor fase da vida, com um neto pequeno, e feliz na carreira profissional. O médico era considerado um dos melhores na sua especialidade, pés e tornozelos.

-- Corsato fez parte das primeiras gerações de plantonistas do pronto-atendimento no Sírio e levou para a sua carreira a dedicação, sem perder o carinho com os pacientes. Ele era de bem com a vida — diz Enis Donizetti Silva, anestesista do Sírio Libanês.

Além de Corsato, Perseu Ribeiro Almeida, de 33, e Diego Ralf Bonfim, de 35, morreram no crime ocorrido num quiosque na orla, na Avenida Lúcio Costa, quando criminosos chegaram ao local e atiraram contra as vítimas. Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, também foi ferido e levado para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra. O estado de saúde dele é estável.


Fonte: O GLOBO