O resultado veio acima da expectativa média do mercado, que apontava para alta de 0,30%

O Banco Central informou nesta terça-feira que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um “termômetro" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma alta de 0,44% no mês de julho. O resultado veio acima da expectativa média do mercado, que apontava para alta de 0,30%.

O IBC-Br serve de parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo de cada mês.

No mês anterior, a expansão havia sido de 0,63%;
No trimestre móvel (maio, junho e julho) houve queda de 0,97%, na comparação com os três meses anteriores (fevereiro, março e abril);

O cálculo do Banco Central é diferente do IBGE, que divulga o PIB. O indicador do BC considera estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, mas não verifica o lado da demanda (considerado no cálculo do PIB).

— Este resultado sintetiza os indicadores de atividade do IBGE: a indústria havia caído 0,6%, mas serviços avançou 0,5% e varejo 0,7% — avalia o economista André Perfeito.

Além de "prever" o direcionamento do PIB, o IBC-Br é também referência para a política monetária do Banco Central, na definição da taxa básica de juros. A próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) será nesta quarta-feira.

No contexto de pressão inflacionária, um menor crescimento da economia, em tese, indica relaxamento nos preços e contribui para a queda de juros.


Fonte: O GLOBO