Na última terça-feira, o juiz Fernando Lima, da 16ª vara Cível de Fortaleza, proferiu despacho dizendo que era de conhecimento notório o falecimento do advogado, em 2021. Diante do suposto falecimento, ficou definido que seria necessário que o espólio se manifestasse, a fim prosseguir no cumprimento da decisão relacionada ao processo.
Segundo Armando Martins, o caso é uma execução de sucumbência, ou seja, o pagamento de honorários para um advogado, que ele passa a receber após vencer uma causa. Ele afirmou que, constantemente, verifica a condição de seus processos. Durante uma de suas vistorias rotineiras, viu o despacho curioso do juiz.
– Eu estou vivo, não morri, faço musculação, academia, caminho todo dia, bebo minha cervejinha às vezes. Tenho 64 anos com muita disposição, uma vida saudável demais e estou muito bem de saúde. Até meu pai de 92 anos está vivo, e ele está ótimo! Nossa família não morre cedo – brincou Armando, que atua na profissão há 30 anos.
Após ver a notícia de sua suposta morte no processo, o advogado conta que decidiu escrever a resposta com bom-humor, por saber que a situação era apenas um equívoco. Nos autos, escreveu que "inobstante 64 anos de idade, nos encontramos 'firme e forte', com prática diária de musculação e caminhadas, ao contrário do assentado equivocadamente".
Ainda em tom de brincadeira, o advogado, requereu que o juiz retirasse o despacho "deveras assustador sobretudo para quem é supersticioso" do processo.
– A gente leva na brincadeira, mas queria saber de onde saiu essa informação louca. Estou aguardando o despacho dele na semana que vem. Minha curiosidade é saber de onde veio isso. O juiz não brinca, então quero ver como ele vai sair dessa. Mas brincadeiras à parte, está tudo bem, não me afetou em nada – finalizou o advogado.
Fonte: O GLOBO
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