Eleito deputado federal em 2022, ex-procurador da Lava-Jato perdeu o mandato após julgamento no TSE

O senador Sergio Moro (União-SP) lamentou a cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), após decisão unânime no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira. Minutos após o resultado do julgamento, o ex-juiz da Lava-Jato foi às redes se solidarizar com os eleitores do Paraná ao reforçar que se trata de uma perda para a política:

— Estou estarrecido por ver fora do Parlamento uma voz honesta na política que sempre esteve em busca de melhorias para o povo brasileiro. Perde a política — defende.

O próprio Deltan, por nota, afirmou que "344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça". O texto continua: "Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro".

Moro atuou como juiz dos casos da Lava-Jato em Curitiba, na 13ª Vara, enquanto Deltan coordenava as atividades da força-tarefa no Ministério Público Federal (MPF). Em 2019, o portal Intercept revelou que havia uma comunicação direta entre os promotores do caso e juízes da 13ª Vara de Curitiba, que discutiam o enquadramento de políticos em grupos no Telegram. A investigação, conhecida como "Vaza Jato", levou à abertura de uma série de apurações no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) sobre a conduta de Deltan e dos demais procuradores envolvidos.

O próprio Deltan, por nota, afirmou que "344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça". O texto continua: "Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro".


Fonte: O GLOBO