Dois artefatos teriam sido desativados pelos serviços de segurança do Estado; de acordo com comunicado do Kremlin; Putin ,que não estava no local, saiu ileso

O Kremlin afirmou, nesta quarta-feira, que a Ucrânia lançou um ataque de drones na residência do presidente Vladimir Putin durante a noite. Os dois drones teriam sido desativados pelos serviços de segurança do Estado e Putin saiu ileso, de acordo com o Kremlin. Putin não estava no local no momento do incidente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Em um comunicado, a Presidência russa disse que “considera essas ações como um ataque terrorista planejado e uma tentativa contra o presidente” e se reserva o direito de retaliar.

Não foi imediatamente possível verificar a alegação russa. Se a informação for confirmada, seria a tentativa de ataque mais audaciosa em solo russo desde que Moscou lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

Segundo o comunicado, não houve vítimas no incidente. “Ações oportunas tomadas pelos militares e serviços especiais desativaram os drones, fazendo com que alguns detritos se espalhassem no terreno do Kremlin” , afirma a nota.

Imagens nas redes sociais, no entanto, mostraram fumaça saindo de cima do complexo presidencial na capital russa. Alguns vídeos mostraram focos de incêndio na cúpula de um dos prédios do Kremlin. Outra exibe um drone se aproximando da cúpula e explodindo na sequência:

Moscou fica a cerca de 450 quilômetros da fronteira ucraniana em seu ponto mais próximo.

Autoridades locais e regionais na Rússia relataram uma série de ataques com drones nos últimos meses. Alguns pousaram perto da fronteira da Ucrânia com a Rússia, mas pelo menos um atingiu o sul de Moscou na semana passada, quando um ataque de drone incendiou um armazém de combustível no porto de Sevastopol, na península ocupada.

Como em outras acusações de ataques, o governo ucraniano não se pronunciou oficialmente, mas um assessor presidencial de Kiev disse que seu país não tem nenhuma relação com o ataque.


Fonte: O GLOBO