Pesquisa do IBGE mostrou que a taxa de desemprego foi de 8,5% no trimestre encerrado em abril, estável em relação a janeiro e bem abaixo dos 10,5% do mesmo período do ano passado

A soma de todos os rendimentos recebidos pelos brasileiros, descontada a inflação do período, foi de R$ 278,8 bilhões no trimestre encerrado no mês passado, um montante 9,6% maior do que o registrado em abril de 2022.

Em valores, a massa de rendimentos real, nome técnico dado a essa medida do IBGE, foi R$ 24,4 bilhões maior neste ano, o que ajuda a explicar a atividade econômica surpreendendo para cima neste ano. O dado foi divulgado hoje pelo órgão.

O desempenho melhor que o esperado dos serviços, que vem surpreendendo para cima desde o fim da pandemia, ajuda a explicar esse movimento - o efeito rebote continua acontecendo e o setor já supera em 12,4% o patamar de fevereiro de 2020.

Essa força, juntamente com a previsão de safra recorde de grãos na agropecuária, vem levando economistas a revisarem a alta do PIB para cima.

A taxa de desemprego ficou em 8,5%, quase estável em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em janeiro. Em relação a março houve queda: a taxa anterior havia sido de 8,8%.

- Essa estabilidade (em relação a janeiro) é diferente do que costumamos ver para este período - disse Alessandra Brito, analista da pesquisa do IBGE, em nota de divulgação. - O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez.

A taxa de desemprego está bem abaixo da registrada em abril do ano passado, quando estava em 10,5%.

Alta anual da renda acontece em todas modalidades de emprego

Os dados da Pnad (a pesquisa mensal por amostra de domicílios) divulgados hoje mostram que a renda média real foi de R$ 2.891 nesse período entre fevereiro e abril, quase estável em relação ao trimestre anterior, encerrado em dezembro, mas acima dos R$ 2.691 do mesmo período do ano passado.

Essa alta anual acontece em todas as categorias, segundo o IBGE. Veja abaixo os aumentos registrados por modalidade de emprego:
  • Empregados com carteira assinada: Aumento médio de 3,4% (ou R$ 90 a mais)
  • Empregados sem carteira assinada: Aumento médio de 8,9% (R$ 160 a mais)
  • Trabalhador doméstico: Aumento médio de 6,1% (ou R$ 64 a mais)
  • Empregado no setor público: Aumento médio de 6,1% (ou R$ 251 a mais)
  • Empregador: Aumento médio de 13,6% (ou R$ 852 a mais)
  • Trabalhador por conta própria: Aumento médio de 9% (ou R$ 191 a mais)

Fonte: O GLOBO