Ministro da Fazenda negou que novo marco permitirá gastos R$ 80 bi maiores em 2024

Em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que a surpresa de uma atividade econômica acima do esperado no primeiro trimestre, confirmada ontem pela pesquisa de comércio do IBGE em março, não impede a queda da taxa básica de juros (Selic). A pasta revisará a projeção para o PIB para alta de 1,9%.

- Temos capacidade ociosa na economia brasileira - afirmou a jornalistas. - Temos ociosidade tanto do ponto de vista de capital como do ponto de vista do trabalho - completou, se referindo ao aumento da taxa de desemprego a 8,8% no primeiro trimestre. - A capacidade ociosa da indústria hoje é expressiva. A economia tem condição de crescer sem gerar pressões inflacionárias.

Haddad disse ainda que, apesar do bom resultado, o país completará em junho quase um ano com juros reais bastante elevados.

- É natural que a economia desacelere, de 3% em 2022 para 2% neste ano.

O ministro ainda negou que o novo marco fiscal irá gerar R$ 80 bilhões em gastos extras em 2024, ao mesmo tempo em que agradeceu deputados, em especial o relator Claudio Cajado (PP-BA), pela aprovação da urgência na votação do arcabouço.

- Não tem como o dispositivo permitir gastos de R$ 80 bilhões a mais - afirmou. O relator vetou muitas exceções ao limite de gastos.


Fonte: O GLOBO