Emanuelly Belini notou que havia um passado de atritos entre seu mentor e namorado da 2ª colocada, que quebrou coroa em protesto ao resultado final

Primeira colocada no concurso Miss Mato Grosso Gay, a novata Emanuelly Belini, viu sua coroa de campeã ser quebrada, no palco, por Matheus Oliveira, namorado da segunda colocada, Nathally Becker. Fruto de outras competições, o conflito entre as equipes das concorrentes foi o motivo por trás da confusão, causada pelo protesto contra o resultado final, no último sábado, em Cuiabá.

Vinícius Moraes, de 23 anos, que dá vida à Emanuelly por meio da arte do transformismo, disse que percebeu uma rivalidade entre o seu mentor, Jeff Ferreira, e o namorado de Nathally, que também integra o time da rival. A briga é fruto de atritos durante outras edições do concurso, das quais a miss campeã não participou.

– Sinto muito pela Nathally. Sinto que ela é inocente no meio disso tudo. A rivalidade vem do namorado. A briga entre as equipes é algo pessoal, porque eles já tiveram problemas no passado, e vem carregando essa bagagem ao longo dos anos – contou Mannu. – Muito antes de trabalhar comigo, Jeff, meu mentor, teve atritos com o Matheus. Eu percebi esse problema quando comecei, mas quis deixar claro que isso não ia interferir nas minhas atitudes em relação às outras candidatas.

No ano passado, Jeff foi o coordenador do concurso e foi criticado pelo parceiro de Nathally nas redes sociais. Em um comentário, publicado na internet após a confusão na noite do concurso, Matheus voltou a falar sobre o mentor de Mannu e afirmou que faria tudo de novo.

– Ele criou uma referência minha sem saber quem eu era, apenas por não gostar do Jeff. Os fãs da Nathally foram junto e criaram um clima forte de rivalidade nas redes sociais. Quando tive o primeiro contato com ela nos ensaios, tentei me aproximar para que ela visse quem eu sou – relembrou a miss. – Depois disso, disseram que eu era soberba, não sei porque fizeram isso. 

Ganhei muito destaque na internet, mas presenteei minhas concorrentes quando cheguei ao concurso, com a intenção de mostrar que eu queria o bem delas e não era diferente de ninguém. Não sei se isso passou como se eu quisesse aparecer.

Apesar de toda briga por trás de seu título, Mannu afirma que já iniciou os preparativos para o Miss Brasil Gay, no qual vai representar o estado do Mato Grosso. Dedicada à arte do transformismo, ela tem confiança no trabalho que fez e pretende continuar fazendo.

– Desde que comecei a investir, meu principal objetivo é conquistar mais respeito. Já comecei a me preparar para o concurso nacional, que é inédito para o meu estado, e esse título, que eu tanto almejo, não é vaidade. É por saber que isso nos dá força para a representatividade da nossa comunidade LGBTQIAP+. É lutar pelo direito de ser quem a gente quiser ser, dar essa visibilidade. E mesmo sem o título, continuarei representando essas coisas. As minhas intenções sempre foram as melhores.


Fonte: O GLOBO