Foi o maior crescimento percentual desde junho de 2020, quando índice subiu 4,85%

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado uma prévia do PIB, registrou alta de 3,32% em fevereiro de 2023, em relação ao primeiro mês do ano. Os dados foram divulgados pela autoridade monetária nesta sexta-feira.

É o maior crescimento desde junho de 2020, quando o índice avançou 4,85% na comparação com maio do mesmo ano. Maio e abril de 2020 foram meses de paralisação de montadoras e outras indústrias devido à pandemia de Covid-19. A atividade cresceu bastante em junho, devido à base fraca de comparação.

— Os números de março deste ano trazem ânimo para os economistas que acreditam que o PIB de 2023 pode ser maior que 1%. Temos um grande peso do agronegócio, a safra veio muito boa e as exportações estão aumentando. É um setor que deve continuar puxando o Brasil. O setor de serviços também está aquecido, gerando mais empregos — aponta Piter Carvalho, economista-chefe da Valor Investimentos.

A economia brasileira gerou 195,1 mil postos de trabalho com carteira assinada em março, um aumento de 97,6% em relação ao mesmo mês de 2022. Desse total, 122,3 mil postos de trabalho foram para o setor de serviços.

Tendência

Com exceção de dezembro do ano passado, de agosto de 2022 a janeiro de 2023 só houve queda na atividade econômica, conforme o índice levantado pelo Banco Central.

O indicador é "dessazonalizado", ou seja, não considera efeitos de curto prazo. Sem ajuste sazonal, no acumulado do primeiro bimestre deste ano o IBC-Br avançou 2,87%. Em 12 meses até fevereiro apresentou crescimento de 3,08%.

Na comparação com fevereiro de 2022, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 2,76%.

O aumento da atividade econômica em fevereiro, no indicador do BC, ocorreu apesar dos impactos da política monetária restritiva, com condições de crédito mais apertadas, bem como endividamento elevado no Brasil.


Fonte: O GLOBO