A ideia surgiu após Menezes visitar o Museu do Aljube Resistência e Liberdade, dedicado à memória do combate à ditadura do Estado Novo em Portugal
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou neste domingo em Lisboa a importância de o Brasil construir um museu sobre o golpe militar de 1964, que deu início à ditadura no país.
A ideia surgiu após Menezes visitar o Museu do Aljube Resistência e Liberdade, dedicado à memória do combate à ditadura do Estado Novo em Portugal que acabou com a Revolução dos Cravos em 25 de abril de 1974, marco que completa 49 anos na terça-feira.
– Vários lugares no mundo que já passaram por episódios sangrentos e traumatizantes como a ditadura possuem um museu ou memorial sobre o tema. Saio daqui hoje com a certeza de que temos que ter no Brasil um espaço para também contar essa nossa triste história com relação à ditadura, à discriminação racial, aos povos indígenas e às mulheres.
Trazer a memória do sofrimento pelo qual a sociedade passa faz a gente valorizar a democracia e educar para que nunca mais aconteça – disse Menezes.
Antigo presídio político
A equipe do Ministério da Cultura foi recebida e guiada pelo museu pela diretora Rita Rato. A instituição fica no coração de Lisboa e foi instalada na antiga prisão para presos políticos do regime controlado com mão de ferro pelo ditador António Salazar. O local era uma detenção apenas para presos homens e milhares deles passaram por ali entre 1925 e 1968.
Os parentes eram separados e as mulheres eram enviadas para o presídio de Caxias. Muitas com crianças chorando dentro das celas, que não tinham luxo, explicou Rato durante a visita da equipe do ministério.
– O fascismo português foi muito inspirado no fascismo italiano — disse a diretora em uma parte da visita, publicada numa rede social.
O museu foi inaugurado no 25 de abril de 2015 e completará oito anos na terça-feira. Vestígios dos anos de chumbo, como fotos criminais dos presos, fazem parte de uma exposição. Dividido por andares, está no segundo os registros do horror: “a prisão, a tortura, os curros de isolamento”, informa o museu.
Exemplo
– É importante para a gente ter o exemplo e construir similar para fazer, cada vez mais, que a memória das pessoas que lutaram pela democracia seja preservada – disse Menezes.
O Globo apurou que a ideia surgiu quando Menezes estava muito emocionada durante a visita. Isso aconteceu quando a ministra encontrou uma professora brasileira que vive em Lisboa e as duas se abraçaram e choraram.
Então, mesmo sem ter algo ainda delineado, a ministra está disposta a não deixar a ideia “morrer” na volta ao Brasil.
– Isso mostra como precisamos fazer, no Brasil, realmente é ter sempre estas memórias. Hoje, eu visitando aqui, consigo perceber melhor o povo português. A maneira, a vida, entender melhor a transformação. Que bom quando a sociedade se une pela liberdade – disse Menezes.
Fonte: O GLOBO
Antigo presídio político
A equipe do Ministério da Cultura foi recebida e guiada pelo museu pela diretora Rita Rato. A instituição fica no coração de Lisboa e foi instalada na antiga prisão para presos políticos do regime controlado com mão de ferro pelo ditador António Salazar. O local era uma detenção apenas para presos homens e milhares deles passaram por ali entre 1925 e 1968.
Os parentes eram separados e as mulheres eram enviadas para o presídio de Caxias. Muitas com crianças chorando dentro das celas, que não tinham luxo, explicou Rato durante a visita da equipe do ministério.
– O fascismo português foi muito inspirado no fascismo italiano — disse a diretora em uma parte da visita, publicada numa rede social.
O museu foi inaugurado no 25 de abril de 2015 e completará oito anos na terça-feira. Vestígios dos anos de chumbo, como fotos criminais dos presos, fazem parte de uma exposição. Dividido por andares, está no segundo os registros do horror: “a prisão, a tortura, os curros de isolamento”, informa o museu.
Exemplo
– É importante para a gente ter o exemplo e construir similar para fazer, cada vez mais, que a memória das pessoas que lutaram pela democracia seja preservada – disse Menezes.
O Globo apurou que a ideia surgiu quando Menezes estava muito emocionada durante a visita. Isso aconteceu quando a ministra encontrou uma professora brasileira que vive em Lisboa e as duas se abraçaram e choraram.
Então, mesmo sem ter algo ainda delineado, a ministra está disposta a não deixar a ideia “morrer” na volta ao Brasil.
– Isso mostra como precisamos fazer, no Brasil, realmente é ter sempre estas memórias. Hoje, eu visitando aqui, consigo perceber melhor o povo português. A maneira, a vida, entender melhor a transformação. Que bom quando a sociedade se une pela liberdade – disse Menezes.
Fonte: O GLOBO
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