Autor do ataque, um adolescente de 13 anos, é alvo de duas representações do Ministério Público

A Escola Estadual Thomazio Montoro voltará às aulas nesta segunda-feira, duas semanas após o ataque que matou uma pessoa e feriu outras quatro pessoas. Segundo a secretaria de educação de São Paulo, os alunos, pais e a equipe da unidade de ensino contarão com apoio de equipe de saúde mental.

A segurança nos arredores da escola também estará reforçada, com agentes da Ronda Escolar, do Gabinete Integrado de Segurança e do Programa Escola Mais Segura.

— Na segunda-feira, vamos receber três turmas, cerca de 90 alunos,e os responsáveis que vierem acompanhando. Eles terão o apoio das equipes multiprofissionais de saúde e das atividades pedagógicas que serão desdobradas em oficinas de arte e grafitagem para repaginação da escola com todos os estudantes — disse Jane Rúbia Adami da Silva, dirigente de ensino da Diretoria Centro Oeste

O autor do ataque na escola Thomázia Montoro, um adolescente de 13 anos, é alvo de duas representações do Ministério Público: uma da promotoria da capital referente a esse atentado e outra dos promotores de Taboão da Serra a respeito de ameaças que o jovem teria feito quando estudava naquela cidade.

Esclarecimento aos leitores sobre cobertura de ataques e massacres pelo Grupo Globo

A respeito do ataque ocorrido hoje a uma creche em Blumenau (SC), no qual quatro crianças foram mortas e outras cinco, feridas, o Grupo Globo divulgou nota sobre as diretrizes que orientam a cobertura de casos de ataques e massacres de seus veículos de imprensa:

"Os veículos do Grupo Globo tinham há anos como política publicar apenas uma única vez o nome e a foto de autores de massacres como o ocorrido em Blumenau. O objetivo sempre foi o de evitar dar fama aos assassinos para não inspirar autores de novos massacres. Essa política muda hoje e será ainda mais restritiva: o nome e a imagem de autores de ataques jamais serão publicados, assim como vídeos das ações.

A decisão segue as recomendações mais recentes dos mais prestigiados especialistas no tema, para quem dar visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques. Estudos mostram que os autores buscam exatamente esta "notoriedade" por pequena que seja. E não noticiamos ataques frustrados subsequentes, também para conter o chamado "efeito contágio".


Fonte: O GLOBO