Percentual dos que declaram pessimismo passou de 20% para 26% desde dezembro

Aumentou o percentual de brasileiros que dizem acreditar que a situação econômica do país vai piorar nos próximos meses. De acordo com novo recorte da pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana, são 26% os que se dizem pessimistas quanto ao futuro da economia no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro, eram 20% os que previam piora nesse aspecto.

Já em relação à parcela da população que espera melhora da economia, o percentual teve variação negativa, passando de 49% para 46% — oscilação dentro da margem de erro de dois pontos percentuais estimada para a pesquisa. Outros 26% acham que a situação econômica seguirá como está hoje (eram 28% em dezembro).

O Datafolha já havia mostrado também que a economia é a área do governo que tem o desempenho mais criticado nos três primeiros meses do ano. Foram 15% dos entrevistados pelo instituto os que citaram a economia como o ponto em que o governo Lula está pior.

No governo, há reclamações de que o desempenho econômico, área comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é comprometido pela alta dos juros, atualmente em 13,75% ao ano. A taxa é definida pelo Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

25% dos eleitores de Lula dizem que presidente fez menos que o esperado

Um em cada quarto eleitores (25%) que disseram ter votado em Lula no segundo turno das eleições de 2022 diz agora que o petista fez em três meses menos do que se esperava dele. Na média geral, o percentual dos que fazem essa afirmação é de 51%.

Entre os apoiadores do presidente, 37% afirmam que Lula realizou aquilo que era esperado (enquanto na média geral essa taxa é de 25%). Já outros 34% dos eleitores do petista avaliam que o presidente superou as expectativas em 90 dias.

O Datafolha entrevistou, presencialmente, 2.028 pessoas de 16 anos ou mais em 126 municípios de todas as regiões no período de 29 a 30 de março. A margem de erro da pesquisa é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos. Os dados foram divulgados pelo jornal “Folha de S.Paulo”.


Fonte: O GLOBO