Desde fevereiro, mais de 240 pessoas, a maioria civis, morreram em ações do grupo jihadista

Pelo menos 41 pessoas, incluindo 24 civis, morreram neste domingo na Síria durante dois ataques atribuídos ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). As ações foram contra apanhadores de trufas do deserto, um fungo comestível que cresce na região, e pastores.

As informações são do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). À AFP, o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, disse que o grupo "matou 36 pessoas no domingo quando coletavam trufas no deserto, a leste [da cidade de] Hama", especificando que 17 deles eram combatentes pró-regime.

A ONG, sediada no Reino Unido e dotada de uma extensa rede de informantes na Síria, também disse que, em outro ataque, cinco pastores morreram na região de Deir Ezzor, no Leste, em ação também atribuída ao Estado Islâmico.

Dois outros pastores foram sequestrados, acrescentou o observatório. Segundo a agência de notícias Sana, os agressores utilizaram armas e mataram 250 ovelhas.

Desde fevereiro, mais de 240 pessoas, a maioria civis, foram mortas pelo grupo jihadista, ou vítimas de minas deixadas para trás pelos extremistas, segundo o OSDH. A trufa do deserto, que é coletada de fevereiro a abril, é vendida na Síria por até US$ 25 o quilo, em um país onde o salário médio mensal é de cerca de US$ 18.

O grupo Estado Islâmico perdeu seus últimos territórios na Síria em março de 2019, após uma campanha militar apoiada por uma coalizão internacional sob comando dos Estados Unidos. No entanto, o grupo ultrarradical continua presente no deserto e promove ataques regulares.


Fonte: O GLOBO