As forças armadas informaram que o militar desapareceu em 3 de fevereiro, enquanto participava de combates nas redondezas de Bakhmut, no Leste da Ucrânia

A Ucrânia afirmou nesta terça-feira ter identificado o suposto soldado que teve a execução filmada e altamente compartilhada nas redes sociais, o que provocou indignação e levou as autoridades a pedirem uma investigação. 

A filmagem parece mostrar um soldado ucraniano de pé em uma trincheira, fumando um cigarro e executado após dizer "Glória à Ucrânia". Autoridades ucranianas acusaram as forças russas e prometeram encontrar os supostos assassinos.

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para abrir uma investigação.

"Segundo dados preliminares, o executado é um soldado da 30ª brigada mecanizada, Tymofiy Mykolayovych Shadura", informou o Exército ucraniano nesta terça-feira no Telegram.

As forças armadas informaram que o militar desapareceu em 3 de fevereiro, enquanto participava de combates nas redondezas de Bakhmut, no Leste da Ucrânia.

"A confirmação final da identidade será estabelecida assim que o corpo for devolvido", a fonte acrescentou no comunicado.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky alegou na segunda-feira que o vídeo mostrava a "morte brutal" de um soldado ucraniano pelas forças russas.

— Vamos encontrar os assassinos — afirmou.

De acordo com a BBC, na filmagem, um dos atiradores, supostamente um soldado russo, diz "morra" e usa um palavrão após o prisioneiro de guerra ser morto a tiros. Os supostos assassinos não foram identificados.

Kiev comunicou que o corpo do soldado está em uma zona atualmente controlada pelas tropas russas. A AFP não pôde verificar de maneira independente o local nem a data de gravação do vídeo, nem se elas mostravam um prisioneiro de guerra ucraniano, como afirmam as autoridades da Ucrânia.

Moscou não se pronunciou sobre o ocorrido até o momento.

Moscou e Kiev já se acusaram várias vezes de ter assassinado prisioneiros de guerra, desde o começo da ofensiva russa na Ucrânia em fevereiro de 2022.


Fonte: O GLOBO