O serial killer matou o pai após jurar em velório da mãe que se vingaria por assassinato dela

O serial killer Pedrinho Matador, assassinado neste domingo em Mogi das Cruzes (SP), revelou em entrevista que mastigou um pedaço do coração de seu pai após matá-lo. Durante a participação no Cometa Podcast em 2021, Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, falou sobre a motivação do crime, que cometeu enquanto estava preso.

— Eu matei meu pai na cadeia. Estava preso já, fiquei 42 anos preso. Meu pai também estava, eu arrumei um 'bem bolado' e cheguei até a cela dele — revelou Pedrinho no podcast.

O assassino em série contou que quando foi liberado pela Justiça para ir ao velório da mãe, jurou vingança ao lado do caixão e disse que iria comer o coração do pai. — Mas eu só mastiguei [o coração]. Cortei o bico do coração e mastiguei, e joguei em cima do corpo — explicou o matador.

Segundo Pedrinho, seu pai assassinou sua mãe para se vingar de uma suposta traição que ela teria cometido. Para ele, a história era mentira.

— Minha mãe era da Cristã do Brasil, por 12 anos. Por causa de uma mentira, ele estragou minha família toda. Ele matou a minha mãe e só não matou meus irmãos porque eles saíram correndo e lá fora os vizinhos recolheram. Eu estava preso já. Mas ele ia matar todo mundo — afirmou.

Pedrinho Matador é considerado um dos mais impiedosos assassinos em série do Brasil. Entre as vítimas, além do próprio pai, estão vários detentos – presos que dizia ter matado porque "não ia com a cara" ou porque "roncava demais". 

Carregava uma tatuagem que dizia: "Mato por prazer". Ele foi preso pela primeira vez em maio de 1973, quando tinha 19 anos, e só saiu em 2007. Em 2011, foi preso de novo, e acabou libertado de vez em 2018.

O serial killer chegou a ser réu por 71 homicídios – e confessou a autoria de mais de 100 –, estava em liberdade há cinco anos e saía de casa, no bairro Ponte Grande, quando foi surpreendido por uma emboscada. Baleado diversas vezes por homens de capuz, morreu no local. Os criminosos fugiram de carro.


Fonte: O GLOBO