O congestionamento nas vias da cidade de São Paulo teve um alívio nesta sexta-feira desde que os funcionários do Metrô entraram em greve, há mais de 24 horas.
A lentidão nas vias bateu o pico de 615 km às 8h na capital, bem abaixo dos 846 km de engarrafamento identificados às 8h30 da quinta-feira.
Os dados são do monitoramento mais amplo feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que compreende 20 mil km de vias da cidade. A metodologia da medição é recente e foi posta em prática a partir de 3 de março deste ano.
No levantamento mais restrito, usado anteriormente pela companhia e que abarca somente 838 km de vias da cidade, o congestionamento chegou a 232 km às 9h, contra um pico de 275 no mesmo horário do dia anterior.
A queda na lentidão ocorre após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decretarem ponto facultativo para os servidores públicos estaduais e municipais nesta sexta-feira. Conta também o fato de que o Metrô iniciou, às 6h45 desta manhã, um plano emergencial para manter a operação parcial das linhas Azul, Verde e Vermelha.
Além disso, parte da população que foi pega de surpresa pela greve da quinta-feira agora espera pela resolução do impasse, o que pode ter levado menos pessoas às ruas.
A ação emergencial da companhia foi feita porque o Sindicato dos Metroviários decidiu, na última noite, continuar a greve que já dura mais de 24 horas. Nesta madrugada, no entanto, o governo apresentou uma proposta aos grevistas para tentar encerrar a greve e o retorno de 100% dos funcionários.
A proposta inclui o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024.
Na reunião do sindicato das 9h, as lideranças sindicais orientaram a categoria a votar a favor da proposta do Metrô, o que pode encerrar a greve.
Fonte: O GLOBO
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