Catalães têm nove pontos de vantagem na tabela de classificação e podem se aproximar do título faltando 13 rodadas para o fim

Poucos 'El Clasicos' foram tão decisivos quanto o marcado para hoje, às 17h (de Brasília), no Camp Nou. Barcelona e Real Madrid se enfrentam pela 26ª rodada e, mesmo sabendo que ainda há um longo período de Campeonato Espanhol pela frente, a sensação é que se o lado catalão vencer a partida, o título estará mais do que encaminhado.

A tabela de classificação mostra isso. Faltando 13 rodadas para o fim de La Liga, nove pontos separam os arquirrivais, líder e vice-líder, respectivamente. O Real Madrid ainda segue vivo na Liga dos Campeões, o que pode indiretamente prejudicá-lo: terá o meio de semana cheio com jogos e o desgaste físico aumentará. O Barcelona, livre de competições internacionais, tem a vaga e o queijo na mão para encaminhar a conquista.

Para a partida de hoje, ambos os lados tem dúvidas. Pelo Barcelona, a expectativa era pelo volta do meio-campista Pedri, mas o 'Mundo Deportivo' informou que o atleta sentiu dores durante o treinamento da última sexta-feira e se tornou dúvida para a partida. Se ele não atuar, a tendência é que o setor siga com Busquets, Késsie e Gavi. Certo é que Ousmane Dembélé será desfalque.

Já pelo lado do Real Madrid, Karim Benzema não treinou com o grupo comandado pelo técnico Carlo Ancellotti e também é dúvida. Segundo o 'Marca', o atacante francês realizou apenas exercícios na academia e pode ser substituído por Rodrygo. David Alaba e Álvaro Rodríguez são baixas confirmadas.

O 'El Clasico' também é decisivo para o Real Madrid por tratar do futuro de Carlo Ancellotti, que está na mira da seleção brasileira. Com contrato até junho de 2024, ele pode estar diante dos seus últimos dias como treinador merengue. Neste caso, este poderia ser seu penúltimo clássico contra o Barcelona — os clubes ainda se enfrentam nas semifinais da Copa do Rei.

Ancellotti despistou sobre seu futuro em coletiva de imprensa concedida ontem.

- É uma avaliação que o clube tem que fazer, mas eu já disse que ficaria aqui a vida toda, mas é impossível. Quero continuar e espero que seja assim - disse o treinador, que também falou sobre a distância entre os clubes na tabela.

- Temos que ver o Barça como um leão, não como um gato. Se o vemos como um gato, parece que vamos para uma festa. E não, vamos jogar contra um grande time em um importante jogo, seremos ofensivos. Nestes jogos há sempre medo e nervosismo, claro, mas é normal. As duas horas anteriores são as piores - concluiu.


Fonte: O GLOBO