Segundo os bombeiros, estrutura de ferro desabou em cima das vítimas durante a montagem de um andaime; um dos feridos está em estado grave

As três vítimas do acidente com um guindaste no galpão de samba Tom Maior, em São Paulo, são artistas amazonenses do município de Parintins (a 369 quilômetros). Segundo familiares, o estado de saúde de um deles é grave.

O acidente ocorreu na tarde de quinta-feira (2), na Fábrica do Samba, Zona Oeste da capital paulista.

De acordo com os bombeiros, as vítimas foram prensadas pelo guindaste durante a montagem de um andaime. Sete viaturas atuaram no local da ocorrência, e os três feridos foram encaminhados para o hospital.

Além de trabalharem no Carnaval de São Paulo, os três feridos atuam no Festival Folclórico de Parintins. O evento é conhecido pela disputa entre os bois Caprichoso e Garantido.

À Rede Amazônica, familiares de uma das vítimas, identificado como Alexsandro Rodrigues, de 40 anos, informaram que o estado de saúde dele é grave. O artista teve lesões na coluna e na perna, e precisou passar por cirurgia na madrugada desta sexta-feira (3).

A família de Alexsandro informou, ainda, que a mulher dele viajará para São Paulo ainda nesta sexta-feira.

Outra vítima do acidente, Mateus Alexandre Ribeiro enviou um vídeo à Rede Amazônica. Ele relatou que o andaime que estava sendo montado desabou em cima dos três.

"Foi em questão de segundos. Já tínhamos levantado a primeira base do andaime, quando fomos levantar a segunda, foi onde rompeu um cabo de aço, e uma peça caiu em cima da gente", afirmou.

A terceira vítima é um jovem de 22 anos, identificado como Luan Souza. Ele teve ferimentos no rosto, e também passou por procedimento cirúrgico. O quadro de saúde dele é estável.

Posicionamento

Em nota, a Tom Maior informou que prestadores de serviço da escola "sofreram um acidente de trabalho" quando no galpão de uso exclusivo da agremiação, onde são produzidas as alegorias do grupo. "Toda a assistência necessária foi prestada pelo Corpo de Bombeiros e os prestadores de serviço foram prontamente socorridos e encaminhados ao hospital".

A escola de samba completou: "A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo ressalta que os galpões de uso de suas associadas, localizados na Fábrica do Samba, são munidos de equipamentos de proteção e os prestadores de serviços e artistas devidamente orientados a executar suas atividades em segurança. Ademais, a Escola de Samba Tom Maior está prestando toda a assistência aos trabalhadores e seus familiares".

Os bois Caprichoso e Garantido também informaram à reportagem da Rede Amazônica que estão acompanhando com preocupação o caso, e que vão se pronunciar oficialmente ainda nesta sexta (3).