Pedido foi encaminhado à presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, mas foi analisado pelo vice-presidente e presidente em exercício da corte, ministro Og Fernandes

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um habeas corpus aos 12 policiais militares suspeitos de participarem de uma chacina que ocorreu no dia 21 de dezembro na AM-010, rodovia estadual que liga Manaus às cidades de Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Os PMs estão presos preventivamente.

O pedido foi encaminhado à presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, mas foi analisado pelo vice-presidente e presidente em exercício da corte, ministro Og Fernandes.

A decisão saiu ainda na noite de segunda-feira (30), mas só deve ser publicada no Diário Oficial da Justiça nesta quarta-feira (1º).

Os suspeitos foram presos no dia 24 de dezembro do ano passado. Com a decisão, os policiais devem seguir custodiados no Batalhão Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam).

As vítimas, dois homens e duas mulheres, foram encontradas mortas na AM-010, na manhã de 21 de dezembro de 2022. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou os policiais militares fazendo uma abordagem às quatro pessoas, na Zona Norte de Manaus, horas antes do crime. O registro foi o primeiro indício do possível envolvimento de PMs no crime.

Valéria Pacheco da Silva e Alexandre do Nascimento Melo está entre as vítimas da chacina. Além do casal, estavam no veículo os irmãos Diego Maximo Gemaque, 33 anos, e Lilian Daiane Maximo Gemaque, 31 anos.

No registro, é possível ver o Valéria e Lilian sendo colocadas contra a parede e sendo revistadas pelos policiais.

Um outro vídeo, de câmeras de monitoramento conhecidas como 'paredão, flagrou o veículo momentos depois da abordagem, no dia 21 de dezembro, sendo escoltado por duas viaturas da polícia militar, indo em direção à AM-010.

Ao sair de Manaus, foram 32 km até o Ramal Água Branca. A estrada do local é rodeada de mata e não há registra movimentação de pessoas.

O carro foi encontrado em um barranco, em um trecho do ramal. Os corpos das vítimas estavam no veículo, inclusive, com diversos sinais de tortura.

A Rede Amazônica solicitou à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informações sobre o andamento das investigações do caso.

A secretaria informou que as investigações estão sob segredo de Justiça e o Inquérito Policial (IP) em fase de conclusão e que seguem sendo acompanhadas pela Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública.

Fonte: G1/AM