Marcos Vinícius Borges compartilha sucessos em casos que vão desde acusações de estupro a homicídio

Um dos autores da chacina que deixou sete pessoas mortas em um bar da cidade de Sinop (MT), na última terça-feira, Edgar Ricardo de Olivera tem como responsável pela sua defesa Marcos Vinícius Borges, conhecido por ostentar uma série de bens em suas redes sociais, como carros de luxo (os quais dirige enquanto filma com um celular em uma das mãos) e itens de ouro.

Sobre o caso da chacina em Mato Grosso, o advogado defende que seu cliente não teve a intenção de matar a criança que estava no local (sem citar as outras seis vítimas) e que ele estaria arrependido de ter cometido o crime, mas que iria arcar com as “consequências jurídicas do processo”.

Como justificativa, em uma publicação em suas redes sociais, Borges diz que “não defende o sujeito e muito menos o crime que o sujeito cometeu”, mas “defende o Direito”.

Também nas redes sociais, ele faz questão de compartilhar todas as publicações nas quais é citado, independentemente de o conteúdo tratar, até mesmo, de uma eventual crítica ao seu trabalho. Os casos em que Borges atua, e dos quais compartilhou o “êxito” da defesa, vão de acusações de estupro a homicídio.

Nesta segunda, o advogado compartilhou uma publicação em suas redes sociais em que um outro perfil dizia conhecer Borges “desde quando ele tinha um Celta prata (modelo de carro popular)” e que “tudo o que ele está vivendo e ostentando é fruto do que ele mesmo plantou”.

O advogado ainda afirmou, à Folha de S. Paulo, que as joias usadas por ele nas publicações em suas redes são “bijuterias de ótima qualidade” e que o carro seria envelopado (revestido com uma película para fins estéticos) para não deixar aparente marcas de “quando ele foi desmontado”. Ele também disse que o veículo não está quitado.

Relembre a chacina em MT

As mortes teriam acontecido depois que Ezequias Souza Ribeiro e Edgar Ricardo de Oliveira perderam uma partida de sinuca em um bar, no Bairro Jardim Lisboa, em Sinop, a 504 km de Cuiabá, na tarde desta terça-feira. De acordo a polícia, frequentadores "zoaram" os dois por terem perdido o jogo.

Segundo a polícia, testemunhas contaram que os dois estavam jogando sinuca com as vítimas e teriam perdido mais de R$ 4 mil. Em seguida, o grupo teria "zombando" dos dois suspeitos, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, que deixaram o local. De acordo com o delegado Braúlio Junqueira, não era a primeira vez que o grupo organizava partida de sinuca com apostas em dinheiro.

Câmeras de segurança do estabelecimento registraram o retorno ao local. Eles chegaram em uma camionete branca. Um deles, de camisa azul, entra no bar com uma pistola 380 e o outro, de camisa listrada, chega com uma espingarda calibre 12. Ainda segundo a polícia, o suspeito que estava com a pistola colocou todas as vítimas em uma parede. Já outro, entra no estabelecimento fazendo disparos contra o grupo junto com o parceiro que estava com a pistola.

A polícia apreendeu, na manhã desta quarta-feira, a espingarda e a caminhonete usadas durante a chacina, em uma obra no bairro Vila Verde. Segundo as investigações, o endereço onde o material foi encontrado está ligado a um dos suspeitos.

Quem são as vítimas

  • Elizeu Santos da Silva, de 47 anos
  • Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos
  • Orisberto Pereira Sousa, 38
  • Adriano Balbinote, de 46 anos
  • Getúlio Rodrigues Frazão Junior, 36
  • Josue Ramos Tenório, 48, e
  • Maciel Bruno de Andrade Costa, 35.

Fonte: O GLOBO