Pedido tem sido feito frequentemente pelas autoridades ucranianas

Porto Velho, RO - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou hoje (15) que Kiev vai receber mais armas pesadas dos seus aliados ocidentais "em futuro próximo", um pedido que tem sido frequentemente repetido pelas autoridades da Ucrânia.

"As recentes promessas de armamento pesado são significativas - e espero que mais venham no futuro próximo", disse Stoltenberg, citado pelo jornal diário alemão Handelsblatt.

A garantia do secretário foi dada poucos dias antes de uma nova reunião, agendada para 20 de janeiro, dos países ocidentais que fornecem ajuda à Ucrânia, que será realizada na base norte-americana de Ramstein, na Alemanha.

"Estamos numa fase decisiva da guerra", acrescentou Stoltenberg, admitindo que "é importante fornecer à Ucrânia as armas de que precisa para vencer".

Os Estados ocidentais têm se mostrado reticentes em entregar armamento mais pesado à Ucrânia, alegando receio de serem arrastados para a guerra ou de provocar a Rússia.

Ainda assim, a gama de armas que têm fornecido à Ucrânia aumentou recentemente.

No início do mês, a França, Alemanha e os Estados Unidos prometeram enviar veículos blindados com tanques de infantaria ou de reconhecimento - 40 Marders alemães, 50 Bradleys norte-americanos e AMX-10 RC franceses.

O Reino Unido anunciou nesse sábado (14) que vai entregar tanques Challenger 2 à Ucrânia, tornando-se o primeiro país a fornecer tanques pesados de construção ocidental a Kiev.

Moscou respondeu que a decisão não vai mudar a situação na área, assegurando que a única consequência será a escalada do conflito.

Segundo o secretário da Otan, o presidente russo, Vladimir Putin, cometeu um erro ao atacar a Ucrânia, "superestimando suas Forças Armadas".

Consegue-se ver "os erros, a falta de moral, os problemas de comando, o equipamento deficiente" que tornam a ofensiva russa um erro, disse Stoltenberg. Ele reconheceu, no entanto, que os russos "demonstraram que estão prontos a suportar pesadas perdas para atingir seu objetivo".

A ofensiva militar, lançada em 24 de fevereiro de 2022, é justificada por Putin pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento à Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções políticas e econômicas.

Fonte: Agência Brasil