É a primeira visita ao exterior, 300 dias após a invasão de seu país
Porto Velho, RO - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, está a caminho dos Estados Unidos (EUA) nesta quarta-feira (21) para se encontrar com o presidente norte-americano, Joe Biden, discursar no Congresso e buscar mais armas, em sua primeira viagem ao exterior 300 dias desde que a Rússia invadiu seu país.
Ele disse que a visita visa a fortalecer a "resiliência e a capacidade de defesa" da Ucrânia, em meio a repetidos ataques russos ao abastecimento de energia e água no auge do inverno.
Sirenes antiaéreas soaram hoje em toda a Ucrânia, segundo autoridades, mas não houve notícias imediatas de nova onda de ataques.
O conselheiro político presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, afirmou que a visita de Zelenskiy mostra o alto grau de confiança entre os dois países e oferece a oportunidade de explicar de que armas Kiev precisa.
"Isso finalmente põe fim às tentativas do lado russo de provar um suposto esfriamento crescente em nossas relações bilaterais", afirmou Podolyak à Reuters.
"Os Estados Unidos apoiam inequivocamente a Ucrânia."
Biden anunciará quase US$ 2 bilhões em mais assistência militar à Ucrânia, que incluirá uma bateria de mísseis Patriot para ajudá-la a se defender de mísseis russos, disse autoridade norte-americana.
"Armas, armas e mais armas. É importante explicar pessoalmente por que precisamos de certos tipos de armas", declarou Podolyak. "Em particular, veículos blindados, os mais recentes sistemas de defesa antimísseis e mísseis de longo alcance."
Espera-se que a visita de Zelenskiy dure várias horas.
Ele se encontrará com Biden e os principais assessores de segurança nacional na Casa Branca, participará de entrevista conjunta com o presidente dos EUA e depois irá ao Capitólio para discursar em sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro com o objetivo de capturar Kiev em dias, uma meta que rapidamente se mostrou fora de alcance. O presidente russo, Vladimir Putin, descreve o que chama de "operação militar especial" da Rússia para "desnazificar" a Ucrânia como o momento em que Moscou finalmente se levantou contra o Ocidente.
Desde então, milhares de soldados e civis foram mortos, milhões foram forçados a fugir de suas casas e cidades inteiras foram transformadas em ruínas.
Biden se reunirá com Zelenskiy, com quem tem falado regularmente nos últimos dez meses, mas não se encontrou pessoalmente desde o início da guerra. Ele não usará a conversa para empurrar Zelenskiy para a mesa de negociações com Putin, disse autoridade norte-americana.
O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que não vê chance de negociações de paz com Kiev. Em uma ligação com repórteres, o porta-voz Dmitry Peskov disse que o fornecimento contínuo de armas ocidentais à Ucrânia levaria a um "aprofundamento" do conflito.
Fonte: Agência Brasil
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