Segundo Rodrigo Baggio, tecnologia é a chave para a geração de emprego entre a população de 18 a 24 anos

O desmatamento na Floresta Amazônica não resultou em oportunidades para jovens moradores dos noves Estados da Amazônia Legal. É o que constatou o último diagnóstico do projeto “Amazônia 2030”, segundo o qual apenas 58% da população de 18 a 24 anos integram o mercado de trabalho. No restante do país, o índice é de 71%.

Rodrigo Baggio, CEO da Recode e empreendedor social, afirma que a tecnologia é o caminho para a geração de emprego e renda, especialmente no Norte do país. Segundo ele, somente com a inovação é possível reverter o quadro apresentado no levantamento:  “Mercado de Trabalho na Amazônia Legal - uma análise comparativa com o resto do Brasil”.

Baggio lembra que a Amazônia abriga os recursos naturais necessários para o crescimento sustentável do Brasil e somente o impulsionamento em inovação e tecnologia pode mudar a realidade dos jovens moradores da região. “Formar jovens com pouca oportunidade para trabalharem com tecnologia na Amazônia é a saída para reverter os índices de desemprego”, atribui.

Quem compartilha da mesma ideia é o DJ Alok, que endossa o livro E-topia: uma aventura tecnológica que revolucionará seu modo de pensar, escrito por Baggio. “Existe algo mais tecnológico que a natureza? Eu sinto a Amazônia (natureza e sabedoria dos povos originários) como o lugar mais tecnológico do planeta”, questiona.

Em âmbito nacional, a Recode atua desde 1995 com empoderamento digital para melhorar a vida nas comunidades. A organização recebeu mais de 60 prêmios da UNICEF e Unesco por conta do alcance de suas ações, que alcançaram mais de 1,8 milhão de pessoas em 12 países. Uma de suas iniciativas mais recentes é a publicação do livro E-topia. A obra apresenta uma protagonista negra e periférica nascida em uma comunidade no Rio de Janeiro que visita uma aldeia na Amazônia e se depara com a dura realidade da região.

Sobre Rodrigo Baggio: é empreendedor social, fundador e CEO da organização social Recode, que atua desde 1995 com empoderamento digital e já alcançou mais de 1,8 milhão de pessoas. A atuação pela transformação social por meio da tecnologia já foi reconhecida com mais de 60 prêmios nacionais e internacionais de organizações como UNICEF e UNESCO, sendo nomeado um dos “100 líderes do amanhã” pelo Fórum Económico Mundial e selecionado pelos veículos internacionais CNN, Time & Fortune como uma das “Principais vozes do Desenvolvimento Econômico”. É membro das fundações Ashoka, Skoll, Schwab e Avina, além de ser um dos 50 "Shakers of Education and Technology" (EdTedXGlobal e WISE).